O nome Mente Mágica é fruto de uma nova época, a era das batalhas. Construindo rimas em freestyle, o rapper destacou-se com um rompimento de alto nível, com palavras e conteúdo “científico”, daí o seu nome. Ainda no ensino secundário, Mente aprendeu a cuspir no espetáculo criado por Fly Squad, em Luanda, e foi aí onde descobriu a sua verdadeira vocação.
O seu talento ganhou outros patamares com a entrada na RRPL, a liga de rompimento angolana, onde, como todos os gladiadores, Mente Mágica era obrigado a seguir o protocolo de um minuto de rompimento.
No que toca à preparação, o rapper admite que não teve muito tempo para preparar a sua primeira batalha. Contudo, para o rapper, não existem barreiras no improviso, tudo o que puder servir numa batalha utiliza nas suas rimas. Mas Mente Mágica explica-nos que “no um contra um é importante não só fazermos o trabalho como conseguir responder à altura ao adversário”.
Quando lhe perguntámos o seu desafio mais difícil até agora, o rapper não conseguiu escolher só um: “Fica difícil dizer que batalha foi mais difícil. Contudo, as batalhas são preparadas do mesmo modo, por exemplo, tanto a batalha com o Jotta R ou com o Paizão, elas foram do mesmo nível. Entrego-me sempre do mesmo jeito”.
Depois de ter anunciado duas vezes que iria deixar a Liga do Rompimento, acabou sempre por voltar a pedido dos fãs, mas parece que à terceira é de de vez.
“Estou consciente que não vou batalhar para sempre, já tentei deixar o rompimento duas vezes mas voltei pelo número de pedido de fãs e familiares, com as batalhas internacionais tive que voltar à liga mas muito em breve vou ter que deixar, até lá tenho muitas batalhas pela frente.”
Além do rompimento, o rapper tem um plano B: ser um artista mais ligado ao hip hop. Por agora, o presente passa por apostar na sua formação em Direito e no futuro quem sabe teremos direito a um álbum.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.