Cremilda Medina e Tito Paris vão levar a Morna a França, através do Festival Métis, a decorrer desde o dia 22 de junho e até 10 de setembro, no departamento de Seine-Saint-Denis, nos arredores de Paris. O evento pretende mostrar a música lusófona ao público francês e conta também com nomes portugueses como Ana Moura e António Zambujo.
“A ideia do Métis é ir ao encontro das tradições musicais dos habitantes do nosso território [de Seine-Saint-Denis]. Portugal nunca tinha sido destacado e era a altura de corrigir este vazio”, disse a diretora do Festival Métis, Nathalie Rappaport, em declarações à agência Lusa.
Seine-Saint-Denis está situado às portas de Paris e é um dos departamentos com a população mais jovem, em França. Pela proximidade à capital este ano e por existir uma grande comunidade da lusofonia nessas zonas, as autoridades locais quiseram concentrar-se na música lusófona para a 17.ª edição do festival. Entre alguns dos nomes que vão passar pelo Métis estão, Teresa Salgueiro, Yamandu Costa, Tito Paris, Cremilda Medina, Teófilo Chantre e Lucibela.
“Há vozes excecionais. Nós trabalhamos muito com vozes líricas no Festival e é sempre impressionante ver vozes assim, na música popular. E há também uma grande emoção. É uma música que nos toca e, na saída desta pandemia, mesmo se há um lado melancólico, é uma música com uma mensagem de esperança”, disse Rappaport sobre a música lusófona.
Cabo Verde estará no centro das atenções durante o mês de julho nos grandes parques do Sena-St Denis, onde a Morna, a Coladeira e outros estilos tradicionais da música cabo-verdiana vão subir ao palco. Teófilo Chantre é o primeiro já no dia 4 pelas 16h no Parc régional de la Butte Pinson, Villetaneuse enquanto Tito Paris e Cremilda Medina sobem ao palco às 19h30m do dia 10 no Parc de la Liberté (La Courneuve Plage) e Lucibela fecha o leque dos artistas de Cabo Verde no dia 11 pelas 16h no Parc départemental Georges Valbon, La Courneuve.
O festival deveria ter começado originalmente em maio, mas devido às restrições contra a covid-19, a organização decidiu adiar o início do evento para junho, não havendo agora recolher obrigatório a respeitar e estando os números da pandemia controlados. A maior parte dos concertos vai acontecer ao ar livre e têm entrada gratuita. Podes saber mais aqui.