Falam de ti, sempre…
Será que te conheço?
Vejo que te exibem
por todos os cantos.
Através de um cravo
Revelam-te, erguem-te
Mas será que és tu?
Onde resides?
No cravo que abana
aos movimentos das mãos?
No vazio que há entre mim
e outra pessoa?
És um vazio, entretanto?
Não creio nisso.
Imagina tu, liberdade,
que és um cravo.
Então moras no coração das pessoas?
Reclamas o amor incondicional
sem julgamentos…?
Se te colocam no centro do peito
É porque és a fonte da respiração?
Acredito que a respiração vem daí.
No meio do peito.
Há quem te coloque no pulso,
Te enfie no bolso, cebelo,
na bolsa, orelha, por todo canto cabes.
Onde estarás tu realmente
quando há gente que não se sente livre?