Liderado pelos músicos Missy Bity e King Kunta, o projeto Abeny promete oferecer uma experiência musical única, envolvente e culturalmente enriquecedora.
O agitador cultural, Carel Baptista, CEO da plataforma “Nô sta Djunto”, e idealizador do Abeny, contou-nos como foi reunir Missy Bity e King Kunta no mesmo projeto, que reúne uma fusão de estilos musicais. “Houve uma união de forças entre profissionais que culminaram com a criação do projeto musical. Abeny representa uma nova era a nascer no cenário musical guineense, celebrando as raízes, identidade e talentos do país”, diz-nos Carel.
“Com o lançamento deste projeto, espera-se que a música guineense possa alcançar novos horizontes, conquistar audiências internacionais e deixar uma marca significativa no cenário musical global. Além disso, este projeto representa uma oportunidade para valorizar a cultura e o património artístico da Guiné-Bissau, bem como facilitar as colaborações e intercâmbios culturais com artistas e projetos internacionais”, acrescentou o agitador cultural.
“Existem vários projetos musicais na Guiné-Bissau mas, infelizmente, muitos acabam por ficar só entre os guineenses ou no país, o que não devia acontecer. Por isso, decidimos trabalhar o Abeny para ser uma coisa internacional, quebrando todas as barreiras possíveis, principalmente a linguística. Os nossos artistas têm toda a liberdade criativa para viverem as suas artes, cantarem em diferentes línguas, e criar performances que vão de acordo com o feeling com que gostam de trabalhar. O objetivo é alcançar a progressividade e impulsionar a arte guineense para um novo patamar”, contou Carel.
A falta de investimento na indústria musical guineense e ausência de planos estratégicos têm limitado o crescimento desse setor no país. “Muitos músicos da Guiné-Bissau enfrentam sérias dificuldades devido à falta de apoio organizacional e, às vezes, acabam sobrecarregados, desempenhando várias tarefas ao mesmo tempo, desde assuntos administrativos até de comunicação, o que prejudica o progresso das suas carreiras. Percebe-se que no país faz-se pouco investimento na área cultural, e nós queremos reverter essa situação. Queremos fazer os artistas acreditarem que é possível mudar as coisas, mas para isso acontecer é preciso construir uma estrutura bem sólida com profissionais competentes”, ressalta.
Para Carel, o projeto nasceu com o objetivo de revolucionar a indústria guineense. “Acredito que o impacto deste projeto irá além das nossas fronteiras, porque por trás de tudo tem uma equipa composta por grandes profissionais. Os bastidores comprovam isso. Fez-se também grande investimento no projeto com foco em internacionalizá-lo. Assim procurando fortalecer e revolucionar a indústria musical local, trazendo benefícios tanto para os músicos quanto para a cultura do país”, afirma Carel.
Resultado de uma parceria delineada para satisfazer as necessidades do mercado guineense e lutar pela desigualdade. “Não é por acaso que juntamos dois grandes nomes da cena musical guineense, Missy e King Kunta, além de talentosos eles são artistas versáteis e muito criativos, profissionais de alta classe. A música é uma ferramenta que pode ser usada para potencializar o país, comemorar a cultura significa combater a desigualdade em todos os sentidos. Nosso foco é dar oportunidade aos artistas e colocar-lhes na montra, tanto as mulheres como os homens, por isso o projeto não vai parar por aqui. Nesta primeira fase, vamos trabalhar durante dois anos com Missy e Kunta, depois vamos assinar com quatro novos artistas, assim por diante”, finaliza.
