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5 líderes africanos que provavelmente desconhecias

São inúmeros os nomes que se destacam na história do nosso continente. Alguns são do conhecimento geral, contudo há outros que por inúmeras razões não ouvimos falar ou simplesmente desconhecemos. Neste Dia de África, traçamos-te o perfil de cinco homens que escreveram os seus nomes na história de luta pelos direitos civis e afirmação do povo africano no geral.

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Nome: Cheikh Anta Diop

Data de nascimento: 29 de dezembro de 1923

Local de nascimento: Thieytou, na região de Diourbel, Senegal

Óbito: 7 de fevereiro de 1986 (Dakar, Senegal)

Cheikh Anta Diop foi um historiador e antropólogo senegalês. Nos seus estudos, enfatizou a contribuição de África e, em particular, da África negra, à cultura e à civilização mundiais.

Desde 1947, Diop engajou-se politicamente a favor da independência dos países africanos e da constituição de um Estado federal africano. Até 1960 lutou pela independência de África e do Senegal, contribuindo para a politização de inúmeros intelectuais africanos em França. Entre 1950 e 1953 foi secretário geral dos estudantes do Rassemblement Démocratique Africain e denunciou desde muito cedo, através de um artigo publicado em La Voix de l´Afrique Noire, a União francesa que, sob qualquer ângulo que seja encarada, parece ser desfavorável aos interesses dos africanos. Dando prosseguimento à sua luta num plano mais cultural, Diop participou de diferentes congressos de artistas e escritores negros e, em 1960, publicou aquilo que se tornaria sua plataforma política: Fondements économiques et culturels d´un futur État fédéral en Afrique Noire (Fundamentos económicos e culturais de um futuro Estado Federal na África Negra).

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Nome: Joseph Ki-Zerbo

Data de nascimento: 21 de junho de 1922

Local de nascimento: Toma, Alto Volta, actual Burkina Faso

Óbito: 4 de dezembro de 2006 (Ouagadougou, Burkina Faso)

Joseph Ki-Zerbo foi um político e historiador de Burkina Faso. Foi educado na Universidade de Sorbonne, em Paris, graduando-se com um grau de honra em História pelo Institut d’Études Politiques em Paris no ano de 1955. Retornou a África, primeiramente à Guiné Conacri e então a sua cidade natal Burkina Faso onde foi politicamente activo desde 1958. Até sua morte, foi um dos líderes do partido de oposição pelo Parti pour la Democratie et le Progrès (PDP).

Recebeu vários prémios ao longo da sua vida, incluíndo o Right Livelihood Award (Prémio Nobel Alternativo) pelo seu trabalho como historiador e sua análise dos problemas da África. Em 2000, recebeu o Prémio de Direitos Humanos Kadafi, e em 2004 o prémio do Mundo Depoimentos RFI.

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Nome: Théophile Obenga Mwene Ndzalé

Data de nascimento: 2 de Fevereiro de 1936, 

Local de nascimento: Mbaya, Brazzaville, República do Congo

Obenga é um defensor politicamente activo de pan-africanismo e discípulo fiel de Cheikh Diop, autor de várias obras a partir das quais, emerge uma tese revolucionária sobre o fenótipo negro dos egípcios antigos.

Théophile Obenga Mwene Ndzalé é egiptólogo, linguista e historiador. Com Cheikh Anta Diop, defende uma visão da história africana reorientada para as preocupações dos investigadores e intelectuais africanos, ansioso para revisitar o seu património (Afrocentrista).

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Nome: Thomas Isidore Noël Sankara

Data de nascimento: 21 de dezembro de 1949, Yako, Burkina Faso

Óbito: 15 de outubro de 1987 (Ouagadougou, Burkina Faso)

Thomas Isidore Noël Sankara, foi um militar e líder político de Burkina Faso. Foi um popular capitão e o primeiro-ministro quando o país ainda se chamava República do Alto Volta. Logo depois, tornou-se o quinto presidente voltense desde a libertação do jugo francês e o primeiro de Burkina Faso.

Nascido em Yako, então Alto Volta e actual Burkina Faso,Thomas Isidore Noël Sankara era o terceiro de dez filhos da mossi Marguerite Sankara e do fulani Sambo Joseph Sankara. O casamento entre membros desses grupos resultava na etnia Silmi-Mossi, que se situavam numa posição desfavorável dentro do sistema de castas mossi. Fez os seus estudos primários em Gaua. Na escola, conviveu com filhos de colonos franceses e descobriu a injustiça. Fez o seminário, e embora o desejo dos pais era que o filho se tornasse padre católico, quando adulto, Thomas Sankara decidiu ingressar na carreira militar. Ganhou uma bolsa de estudou e se mudou para Bobo-Dioulasso para cursar estudos secundários já com base na futura carreira, em 1966.

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Nome: Stephen Bantu Biko

Data de nascimento: 18 de Dezembro de 1946, Ginsberg Township (actual província do Cabo Oriental), África do Sul

Óbito: 12 de Setembro de 1977

Stephen Bantu Biko era um activista anti-apartheid da África do Sul na década de 1960 e 1970. Grande líder sul-africano e principal idealizador do Movimento de Consciência Negra.

Líder estudantil, fundou o Movimento da Conciência Negra (Black Consciousness Movement), que capacitava e mobilizava grande parte da população negra urbana. Desde a sua morte, foi chamado de mártir de um movimento anti-apartheid. Enquanto vivia, com os seus escritos e activismo tentou capacitar os negros, e era famoso pelo seu slogan “black is beautiful”, que o próprio descreveu como: “Tu estás bem como tu és, começa a olhar para ti mesmo como um ser humano”.

Mesmo que Biko nunca tenha sido um membro do Congresso Nacional Africano (ANC), foi incluído no panteão dos heróis de luta, tendo a sua imagem sido utilizada para cartazes de campanha nas primeiras eleições não-raciais da África do Sul em 1994. Nelson Mandela disse a respeito de Biko: “Eles tiveram que matá-lo para prolongar a vida do apartheid”.

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