Domingas Mulenza Pimentel, angolana de 30 anos, é residente no Brasil há mais de 15 anos. É também estudante de Comunicação Social, diretora e fundadora do DCE da Universidade Gama Filho num período em que a instituição vivia o seu pior momento.
Atualmente, Domingas é pré-candidata a vereadora no Rio de Janeiro, na campanha do coletivo Malês, um projeto que tem lutado contra o racismo institucional, sobretudo apoiando candidaturas negras que são prejudicadas pela falta de investimento e propaganda em relação a outras candidaturas .
O coletivo almeja ver uma proposta que garanta a proporcionalidade no fundo eleitoral e partidário para candidaturas negras. Apesar das suas várias ocupações, Pimentel consegue conciliar a vida política e académica, incluíndo a presidência da União dos Estudantes Angolanos no Rio de Janeiro (UEBRRJ).
Domingas Mulenza tem-se destacado na luta contra o racismo, desigualdade social dos negros no Brasil e não só, sem esquecer o trabalho amplo e árduo a nível da comunidade dos jovens angolanos residentes no Brasil.
Foi ainda diretora de mulheres da União estadual dos estudantes (UEE-RJ), sendo uma das principais figuras dos atos que colidiram na queda do então deputado e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Membro do coletivo negro Osvaldão, foi ainda diretora da UBM-RJ (União Brasileira das Mulheres) e é do coletivo feminista Elza Monnerat.
No âmbito do jornalismo, foi diretora da rádio Kwanzario (única rádio online africana na América latina), diretora do jornal impresso Mwangolé e assessora do cônsul de Angola no Rio de Janeiro.
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