Guizef, artista plástico angolano, volta a Lisboa para apresentar o seu mais recente conjunto de trabalhos na exposição individual “Figuras e Cores”. Serão 20 obras, todas em acrílico sobre tela, onde os rostos, olhares e expressões angolanas estarão em destaque, com todos os seus detalhes, emoções e manifestações.
Com a curadoria é do próprio Guizef, com apoio do fotógrafo António Silva e do arquitecto João Paixão Salvado, as peças expõem a riqueza ancestral angolana com base na etnografia. “Figuras e Cores é o meu texto artístico, onde falo do meu povo, dos seus valores, das cores culturais e das suas evoluções e onde procuro apresentar o notável do “Made in África” dentro da máquina da globalização”, explica o próprio artista num comunicado enviado à comunicação social.
Patente na Galeria Artistas de Angola até ao dia 24 de julho, a inauguração será já no próximo dia 23, pelas 17h, no 12A da Rua Sousa Lopes.
Augusto Zeferino Guilherme, conhecido como Guizef, nasceu em Ambriz na província de Bengo, a 12 de janeiro de 1969, e é um artista plástico autodidata. Membro da UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos), na sua visão artística a cultura africana incorpora uma fonte inesgotável de inspiração para cada uma das suas criações, tanto na pintura como na escultura. Entre Angola, Portugal, Itália, Noruega, Suécia e Emirados Árabes Unidos, Guizef já realizou diversas exposições individuais e coletivas. Em dezembro de 2018 doou uma obra à princesa Charlene do Mónaco, que posteriormente foi leiloada em Monte Carlo, na presença do Príncipe Albert II. O valor arrecadado reverteu para ajudar crianças desfavorecidas no Líbano.
Em 2020 foi o autor da peça Mãe Alegre, que o Presidente angolano João Lourenço ofereceu ao Papa Francisco no Vaticano.