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5 filmes sobre o amor que ainda vais a tempo de ver

Ainda em rescaldo de Dia dos Namorados, e porque o amor não é apenas uma questão de calendário, temos para ti uma seleção de filmes, entre a poesia, comédia, irreverência, ideologia política, que transbordam “amor negro” e cujos enredos tocam na alma. Os relacionamentos nesta coleção variam de jovens paixões até a romance de meia-idade, e os filmes ilustram a criatividade afrodescendente. Em dupla, grupo ou a solo, são títulos a colocares na tua check list.

Lovers Rock

Esta é uma estória de uma noite especial nos anos 80, do diretor e artista visual britânico Steve McQueen, o primeiro realizador negro vencedor de um Óscar da academia para Melhor Filme.

O filme começa com Martha (Amarah-Jae St. Aubyn), que escapa da casa dos pais, na calada da noite, para curtir um ‘reggae’ house party, em West London, e termina entrelaçada com Franklyn (Micheal Ward) numa pista de dança em ebulição. 

Lovers Rock é o segundo episódio de McQueen’s “Small Axe,” uma série de antologia, levemente conectada pelo intenso interesse de McQueen na estória de jovens adultos negros, emigrantes das nações das Caraíbas, com destino a Inglaterra entre 1948 e 1970 – a procura de liberdade cultural, racial, romântica e artística. As house parties que se vêem na estória eram espaços importantes, onde membros de uma comunidade na luta contra a opressão poderiam reunir-se abertamente. 

O encontro entre Franklyn e Martha é eletrizante. A atracão é evidente, onde dois corpos movem-se ao mesmo ritmo, com a música de fundo de Janet Kay, “Silly Games”. Eventualmente, a música desaparece e os jovens continuam na festa a cantar a capela. No meio dessa comunidade a distribuir amor, os dois pombinhos não se largam, a noite é boa demais. 

The Best Man

Já vão anos desde que Harper Stewart esteve próximo dos colegas da faculdade. O seu melhor amigo, Lance (Morris Chestnut), talentoso atleta, apaixona-se e decide casar com Mia (Monica Calhoun). Harper tem que viajar até Nova Iorque para estar presente no casamento. Isso seria fácil se Harper, escritor, não tivesse baseado o seu novo livro na vida dos seus amigos. Durante o longo fim de semana anterior ao casamento, Harper faz de tudo para Lance não ler o livro, que contem um segredo que ele tem escondido do noivo, e o seu desejo de uma paixão antiga, Kendra (Nia Long). 

Composto por um elenco forte e elegante – Terrence Howard, Sanaa Lathan e Regina Hall – o filme apresenta diferentes relacionamentos,  futuros romances com humor negro, e sinceridade imbatível. E felizmente, com o passar do tempo, tornou-se num charmoso filme romântico. 

Rafiki

Rafiki, do diretor Wanuri Kahiu, conta a estória de duas jovens mulheres, Mugatsia e Munyiva, em trocas de olhares de apaixonadas. Nos bairros movimentados de Nairóbi, Quénia, Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva) não param de olhar uma para a outra. A câmara faz pausas nos rostos de atracão, olhares furtivos florescem sob o brilho néon de uma luz negra ou do toque suave do sol, num parque qualquer.

Políticas homofóbicas – o vilão da estória – o teste ao elo que as une, assim como as ambições políticas dos seus respetivos pais. A relação eletrizante de Mugatsia e Munyiva, a atitude desafiante ao status quo, a quebrar barreiras são os pontos altos deste filme.

Atlantics

Obra de arte, se o limite para explicar o interesse no filme fosse apenas de três palavras. E, portanto, o favorito da lista. Uma estória espetacular, de amor, mistério e poesia, em Dakar.  

O sedutor filme de estreia de Mati Diop caminha entre mundos diferentes. Riqueza e pobreza, amor e conveniência, o nosso mundo e o sobrenatural.

Ada (Mame Bineta Sane), prometida em casamento a um homem de negócios rico, já tem o coração ocupado com Souleiman (Ibrahima Traore), um trabalhador da construção civil que desaparece no mar em busca de uma vida melhor. O diretor Diop envolve o filme numa imagem poética. Ambientado em Dakar, a movimentada capital do Senegal, apresenta a frustração de Souleiman, porque o chefe nao paga os salários da equipa. O grupo decide tentar a vida em Espanha. Souleiman deixa o seu amor, Ada, sem se despedir. O coração de Ada permanece com Souleiman, onde quer que ele esteja, enquanto incidentes estranhos e inexplicáveis começam a ocorrer por toda a cidade. 

Nota visual: A diretora de fotografia Claire Mathon, prestigiada no cinema francês, captura as várias camadas da vida em Dakar. Os momentos do dia, tardes brilhantes, quando há tanto sol que desviamos o olhar, ou ao pôr do sol, quando o céu mistura as cores de ouro, vermelho e lilas, quando a espuma flutua nas ondas escuras da noite. O mar, o oceano, que dá nome ao filme, constantemente na mente de Ada. Dakar fica numa península, o som das ondas é inevitável para ela. Mesmo dentro de casa, as cortinas voam com o vento do mar. Um filme misterioso e uma estória imperdível.  

Lover Stalker Killer

Num dia de amor, é inevitável não pensar nos solteiros, naqueles que preferem curtir o momento, ou esperar pelo mesmo. Deixa-se aqui uma última sugestão, o novo documentário da Netflix, que relativamente ao género de investigação criminosa, não podemos pedir por mais. Um enredo que atira à parede, cheio de twists e reviravoltas, uma estória verídica fermentada pela Internet e os sítios web de encontros, com uma boa dose de obsessão e loucura, para os mais crescidos. 

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