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Terror em avião quase impede Gâmbia de participar no CAN

Jogadores da Seleção Nacional da Gâmbia | DR
Jogadores da Seleção Nacional da Gâmbia | DR

A seleção de futebol da Gâmbia, que se dirigia para o Campeonato das Nações Africanas (CAN), na Costa do Marfim, viveu momentos de pânico quando o avião em que viajavam teve de aterrar de emergência devido a uma falha no fornecimento de oxigénio. “Podíamos todos ter morrido”, declarou o treinador, Tom Saintfiet à imprensa.

O percurso da seleção para o CAN 2023, que decorre de 13 de janeiro a 11 de fevereiro, quase teve um desfecho trágico. Esta é a segunda participação da Gâmbia na competição, após terem alcançado os quartos de final na sua estreia em 2021. O voo que os levava para a Costa do Marfim teve de regressar ao aeroporto de Banjul, a capital, para uma aterragem de emergência. Poucos minutos após a descolagem, vários jogadores perderam a consciência e sofreram náuseas e dores de cabeça devido à falta de oxigénio no avião, onde as temperaturas estavam extremamente elevadas.

Os jogadores Saidy Janko e Lamin Sarr fizeram um post colaborativo no Instagram onde relatam a sua insatisfação com o ocorrido. “Após viajarmos 32 horas no total da Arábia Saudita (Campo de Treinamento) para a Gâmbia, com longas escalas em Istambul e Casablanca, deveríamos voar da Gâmbia para a Costa do Marfim hoje (quarta-feira, 10) para o CAN. Assim que entramos no pequeno avião que foi contratado para nos levar, notamos o imenso calor que nos deixou encharcados de suor. A tripulação assegurou-nos que o ar condicionado começaria a funcionar assim que estivéssemos no céu. O calor misturado com a falta de oxigénio causou fortes dores de cabeça e tonturas extremas em muitas pessoas. Além disso, as pessoas começaram a adormecer profundamente minutos após entrarem na aeronave. Enquanto estávamos no ar, a situação piorou, deixando o piloto sem outra opção senão iniciar um pouso de emergência de volta ao aeroporto de Banjul, nove minutos após a decolagem. O que aconteceu com sucesso. Se não fosse por isso, as consequências poderiam ter sido muito piores!!!”, escreveram.

Ambos terminam a descrição agradecendo por todos estarem bem mas ressalvam que é uma situação grave e que “inaceitável”.

Tom Saintfiet, o treinador belga da equipa, relatou ao jornal Nieuwsblad a gravidade da situação: “Podíamos todos ter morrido. Todos adormecemos rapidamente, inclusive eu. Tive sonhos breves sobre a minha vida. Realmente assustador. Após nove minutos, o piloto decidiu regressar devido à falta de oxigénio. Alguns jogadores não acordaram imediatamente após a aterragem. Estivemos perto de uma intoxicação por monóxido de carbono. Mais meia hora de voo e todos poderíamos ter morrido.”

Este incidente ocorre dias depois de os jogadores gambianos terem entrado em greve, reivindicando uma prometida premiação de 500 mil euros após a qualificação.

Apesar de a Federação de Futebol da Gâmbia assegurar que todos os membros da delegação estão bem, a equipa agora enfrenta o desafio de chegar à Costa do Marfim a tempo para a competição, correndo o risco de exclusão caso não consigam. O primeiro jogo da Gâmbia está agendado contra o Senegal em Yamoussoukro, na abertura do Grupo C.

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