O Auditório do Metro de Lisboa recebeu no passado sábado, 22, mais de uma centena de pessoas para assistir à primeira conferência afrocentrista Kweli. Ao longo das mais de 12 horas de evento, foram vários os oradores e workshops que fizeram parte do programa que tinha como finalidade colocar a afrodescendência no centro do debate, através da perspetiva histórica, filosófica, política, religiosa e não só.
Nos corredores, durante a pausa para o almoço e nas duas salas do Auditório reservadas com a Kweli, falou-se de empoderamento, finanças, espiritualidade, alimentação, saúde, bem-estar mental e houve quem aprendesse a amarrar turbantes.
Organizada pela Associação Palestras em Verdade, presidida por Rahiz, Midana Campal e Henda Vieira-Lopes, a conferência pretendia dialogar com o dinamismo emergente dos crescentes movimentos decoloniais e os apelos para repensar os modos dominantes de produção e representação do conhecimento, através de oradores de diferentes áreas sociais e profissionais.
Com foco no empoderamento, os diferentes painéis abordaram temas como liberdade financeira, pluralismo cultural e legal, psicologia africana e autonomia emocional, arte e espiritualidade, nutrição e genética, autoestima, condição feminina e a posição do continente africano na diplomacia global.