Eu share, tu shares, ele share, nós sharamos, vós shareis e eles sharem. E muitas vezes, infelizmente, no presente do Indicativo.
O efeito do share é fantástico para as marcas. Demonstra engagement, relação e lealdade perante aquilo que a marca ou o produto em causa representa. No entanto, para o bom e para o mal, partilhamos todos os dias uma série de conteúdos ora por indignação, por solidariedade, por reconhecimento, ou por crença
No fundo, queremos reforçar um statement, qualquer que ele seja, ignorando, na maioria das vezes, a origem desse conteúdo.
A facilidade com que partilhamos qualquer vídeo, post ou imagem é gigantesca e essa quase inércia/imediatismo faz com que não exista uma reflexão sobre aquilo que estamos a partilhar e o seu efeito, não só sobre aquilo que acreditamos ou aquilo que acabamos por impactar.
A comunicação é mais imediata. As relações e as ligações também o são. Está certo, aceitam-mo-lo, no entanto, a rapidez com que carregamos em ‘share’ em qualquer dos dispositivos sociais, não deveria ser a mesa com que interiorizamos a informação que estamos a passar.
Confiamos. Nunca confiamos tanto em conteúdo desconhecido como nos dias de hoje. Por seu turno, também nunca questionamos tanto das atitudes dos outros só porque foi partilhada. Outras vezes, a pessoa ou grupo que serviu de base da nossa partilha ‘é de confiança’. Será que essa pessoa sabe de onde é que surgiu a informação de base.
O raciocínio é o mesmo que aqui: eu já fiz ‘like’ em informação sem a ler. E tu?