De 4 a 10 de julho, o artigo mais lido na BANTUMEN, foi sobre o episódio de censura a um artista negro da Feira Gráfica de Lisboa. Seguiu-se o texto que conta quem são os atletas cabo-verdianos que integram a comitiva do país – a maior de sempre – que vai aos Jogos Olímpios de Tóquio; o artigo de opinião de Magda Burity sobre a peça de teatro Aurora Negra; a participação de Carla Prata na primeira edição do Pitchfork Music Festival em Londres e, por fim, a nova música de Fox Beat.
Artistas unem-se para denunciar censura e racismo na Feira Gráfica de Lisboa
Depois de um episódio de clara censura de um discurso e crítica do sociólogo e artista Rodrigo Ribeiro Saturnino na edição da Feira Gráfica de 2020, artistas decidem demitir-se da edição de 2021 do evento, como forma de protesto e denúncia.
O apelo surge através da AFROntosas, uma plataforma de encontros de pessoas da comunidade negra, que misturam artes performativas e conversas relacionadas com o universo da negritude queer em Portugal. Na página Medium do coletivo, podemos ler que “esta é uma declaração pública para a chamada de uma resposta colectiva contra os actos de racismo e censura cometidos pela equipa curatorial da Feira Gráfica, sob o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, em Outubro de 2020.”
Com a maior comitiva de sempre, estes são os 6 atletas de Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam já no próximo dia 23 de julho, vão contar com a participação de seis atletas cabo-verdianos, a maior comitiva de sempre do arquipélago na competição. Sandrine Billiet, Jordin Andrade, Márcia Lopes, David Pina, Troy Pina e Jayla Pina vão vestir as cores de Cabo Verde e tentar levar para casa o maior número de medalhas possível.
“Em tempo atípico de pandemia, Cabo Verde tem sofrido muito com o adiamento de provas qualificativas e mudanças nas regras de qualificação”, de acordo com o Comité Olímpico do país, mas mesmo assim, foi possível bater o recorde do número de participações naquele que é um dos maiores eventos desportivos e culturais do mundo.
Aurora Negra: “Uma mulher negra feliz é um ato revolucionário, pois então eu sou a revolução”
“Uma mulher negra feliz, é um ato revolucionário, pois então eu sou a revolução. Uma mulher negra com fragilidades é um ato revolucionário, pois então eu sou a revolução. Uma mulher negra que se ame, é um ato revolucionário, pois então eu sou a revolução. Uma mulher negra com prazer, é um ato revolucionário, pois então eu sou a revolução.”
Estas são as palavras de ordem de Isabel Zua, Nadya Yracema e Cleo Diara – as atrizes e diretoras artísticas da peça de teatro Aurora Negra – que ecoaram no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, na sua segunda apresentação em cartaz e que está esta semana em exibição no Festival de Teatro de Almada, até ao dia 5 de julho.
Carla Prata na primeira edição do Pitchfork London Festival
O Pitchfork Music Festival, evento criado pela reconhecida revista de música norte-americana, tem a sua estreia em Londres agendada para novembro de 2021. No certame, Carla Prata é a única artista do mundo lusófono a integrar o alinhamento do evento.
Os festivais Pitchfork acontecem por norma apenas em Chicago e Paris, mas este ano a organização abriu-se para a realização do evento em Londres, com a participação de artistas populares no momento, como Mykki Blanco, Stereolab e Iceage, além da angolana Carla Prata.
Fox Beat apresenta “Bailarina” com selo da Wave Estúdio
O produtor angolano Fox Beat acaba de lançar a sua mais recente música, “Bailarina”, que conta com a participação de Paulo Zau. A música tem o selo da gravadora em ascensão Wave Estúdio, e já se encontra disponível nas plataformas de streaming.
“Bailarina” é mais um som que, com certeza, vai-te fazer vibrar e pelo menos abanar a cabeça. Trata-se de um afrobeatcontagiante, a que Fox Beat emprestou as habilidades como produtor e Paulo Zau ficou encarregue de dar a sua voz com um verso e refrão catchy.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.