Depois de descontinuar as edições na Europa, o Afropunk segue firme pelas Américas. Em novembro, será a vez da Baía (Salvador, Brasil), conhecida como a “cidade mais negra fora da África”, acolher um dos mais populares festivais internacionais de celebração da cultura negra. Os PALOP vão ali estar representados pela música da kudurista Noite e Dia (Angola) e do cantor Pache di Rima (Guiné-Bissau).
Nos dias 18 e 19 de novembro, a partir das 16 horas, o Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador, ganhará vida com o espírito vibrante da terceira edição do AFROPUNK Bahia 2023, “onde todos são vistos e ouvidos”, diz o comunicado da organização.
Em 2022, o AFROPUNK Bahia reuniu a excelência negra em duas noites inesquecíveis, deixando uma marca indelével em todos os que participaram do encontro que contou com atuações de Ludmilla, Masego, Emicida, Liniker, entre muitos outros. Agora, nesta nova edição, “embarcamos na reescrita de nossa história juntos, de mãos dadas, através do poder da criatividade coletiva e das experiências compartilhadas que somente a rica cultura da comunidade negra pode promover”, lemos no mesmo documento.
A programação de 2023 inclui artistas renomados como Alcione, Djonga, Iza e Carlinhos Brown, entre outros. Além disso, juntando-se ao alinhamento do festival estão dois convidados internacionais de destaque – Patche di Rima, da Guiné-Bissau, e Noite e Dia, de Angola.
Patche di Rima, um popular artista da Guiné-Bissau, atua como embaixador cultural e de turismo do país. Com uma carreira musical desde 2000, Patche di Rima lançou o seu álbum de estreia, Genial Amor, em 2005, pela Sons d’África. Nos seus vários feitos inscreve-se a co-autoria da música “On est là” para o 50.º aniversário do Paris Saint-Germain, um dos principais clubes de futebol francês. Em 2022 foi homenageado pela PowerList100 como uma das 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia.
Noite e Dia, conhecida pelo nome de nascimento Etianeth Bento, é uma das principais promotoras do kuduro da atualidade, dentro e fora de Angola. Crescendo em Luanda, Noite e Dia sempre teve paixão pela dança, e a sua jornada para se tornar numa artista começou com o apoio da irmã mais velha. Através de colaborações e sucessos, Noite e Dia solidificou a sua posição como uma das vozes femininas mais respeitadas do kuduro em Angola.
A sublinhar que, o AFROPUNK Bahia 2023 vai também contar com uma vertente social em que, por cada ingresso social vendido, o festival destinará 10 reais para “instituições e projetos que empoderam e valorizam a comunidade negra, criando novas possibilidades para o seu povo”.
