Todos nós sabemos que o português falado em Angola não é exactamente o mesmo falado em qualquer outro País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que tem até vocábulos já há muito aceites pelos restantes países e uns tantos outros integrados no dicionário da língua portuguesa, como cumbu (dinheiro) ou maka (problema). Esta variante da língua vai finalmente ser estudada, de acordo com o anunciado pela ministra da Cultura angolana, Carolina Cerqueira, durante a abertura do quinto Conselho Consultivo Alargado, que arrancou em Luanda, para a análise de políticas, programas e projectos do sector.
De acordo com a governante, a promoção do ensino e uso das línguas nacionais e a elaboração de estudos sobre a variante da Língua Portuguesa em Angola constam das acções prioritárias do sector a par de criação de infraestruturas, com vista ao desenvolvimento de uma indústria cultural forte e eficiente.
“Capaz de participar na diversificação da economia e na geração de riqueza e bem-estar, apta para contribuir para endogeneizar social e culturalmente os valores tradicionais e locais e contribuir eficazmente para a valorização e divulgação do nosso património nacional”, disse.