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Suzana, entre a voz e os violinos, um concerto idílico no Tremor

Em Ponta Delgada (Açores/Portugal), na Igreja do Colégio dos Jesuítas, de interior imponente do século XVI, esculpido em talha, as notas secas de cada acorde dos violinos de Edvânia Moreno e Ândria Bandjai, amplificadas pela acústica da capela, tornaram-se num leito insuperável para a melancolia e suavidade da voz de Suzana. Num concerto de querer levar para casa no ouvido e na alma, Suzana lotou o espaço e roubou aplausos de uma plateia levantada – e maravilhada. É o efeito Tremor, o festival atípico, diríamos até intimista, que enche a ilha de São Miguel, nos Açores, há 11 anos.

Já por aqui tínhamos partilhado a música de Suzana Francês, mas a magia de um “ao vivo” é a possibilidade de sentir na pele a arte tocada e cantada que um música gravada não permite. O concerto carecia de presença da comunicação social – além da BANTUMEN -, mas a sala cheia e a emoção estampada na cara de cada ser ali presente eram prova, mais do que suficiente, da capacidade artística de Suzana, Edvânia, Ândria e Camboja Selecta, este último o DJ de serviço.

Também ela violinista, Suzana falou-nos por alguns minutos sobre a apresentação. “Ensaiamos na Companhia Olga Roriz [em Lisboa] e este repertório é um álbum meu que haverá de sair eventualmente. Já o toquei algumas vezes em concertos, inclusive no Musicbox. Portanto não foi algo novo, bastou quatro ensaios para fazermos um concerto destes e quando se é artistas as coisas fluem”, explicou-nos.

Desde cedo que Suzana revelou um interesse particular pela música. Começou a tocar violino na Escola Metropolitana de Lisboa aos três anos e pertenceu à orquestra Violinhos, através da qual deu o seu primeiro concerto no Centro Cultural de Belém, com apenas quatro anos.

Depois de concluir os estudos em música clássica, tem vindo a explorar novos horizontes, colaborando com projetos musicais muito distintos, como “MEIA RIBA KALXA”, de Tristany, com quem atuou pela primeira vez no festival Tremor, em 2021.

Suzana

Atualmente, tem vindo a apresentar o seu projeto a solo, com composições originais em violino, acompanhada por Ariyouok (loop station) e Célio (guitarra). “O meu álbum é muito estilo misturado, é muito melancólico. As músicas que lancei, o “Dorme bem” e o “Não dá”, são as músicas mais vivas e felizes, o resto é mais melancólico e refletem as experiências da minha vida”, explica sobre o projeto que ainda está por lançar.

O seu propósito não é apenas pôr música cá para fora, numa perspetiva comercial. Afinal, o que cria é alimento para a alma, vindo das profundezas de quem é e do que experencia. “Quero que a minha música passe na rádio mas não quero me tornar comercial, porque é música que sai de mim”, afirma.

Não sabe ainda quando vai finalmente lançar o seu – necessário – álbum, mas promete que, além de lançar novas músicas, vai apresentar-se em vários concerto ao longo do ano.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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