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“TrapCulture”, um caldo cultural da Another LvL Squad

Another LvL Squad

Já se passaram cinco meses desde que a LVL Squad lançou o seu primeiro LP, TrapCulture, com a participação de vários nomes da label e convidados. A BANTUMEN sentou-se com e Seaan Tiller e Still G, para perceber como têm corrido estes meses de promoção do álbum e o que estão a planear para um futuro próximo.

O título do álbum é óbvio em relação à sonoridade que o projeto apresenta e junta várias vozes jovens da nova geração do rap com sangue angolano que têm “dado o litro” pelo game. Segundo Seaan Tiller, o big boss da label, o LP começou a ser trabalhado numa altura em que o grupo ainda não estava preparado para apresentar um trabalho coeso e de qualidade. “Desde o início que tínhamos o projeto em mente, mas preferimos lançar primeiro os artistas, sendo que alguns já faziam música antes da label existir. As pessoas não tinham essa noção e então tínhamos essa intenção, inclusive, incluir projetos a solo também”, explicou.

Com um total de 13 faixas e mais de 20 nomes a assinar o projeto, Seaan indica que a gestão nem sempre foi fácil. “Não foi um processo muito fácil porque são várias vozes que estão em Portugal, Reino Unido e Angola. Por outro lado, foi um trabalho fácil porque todos estávamos focados”.

Já Still G, o artista mais experiente da label, contou que gravar as suas duas músicas, “Horus” e “Jungle Roots”, não foi estressante porque vive na mesma cidade que Seaan Tiller no Reino Unido. “Gravei no meu estúdio e no estúdio do Young Max. Foi expontâneo e fácil”, disse Still.

Numa altura em que, por vezes, o conceito por trás dos projetos musicais são mais impactantes que a própria música em si, os dois artistas afirmam que para este TrapCulturue pensaram em misturar o trap com as raízes africanas que cada um carrega. “Tentamos juntar o trap com várias vertentes africanas como o dancehall, kuduro, zouk e outras coisas. Estamos a trazer uma cena que vem de fora e a anexar algo que tem a ver com as nossas raízes. Não queríamos abandonar a nossa essência sem dar aquilo que é realmente o que nós fazemos, que é o rap”, explicou Seaan Tiller.

“Queríamos dar ao público música e afetar vários tipos de públicos alvos. Então, dentro da ideia colocámos o Trap Culture para simbolizar a nossa cena mas também abraçar as outras pessoas e outros movimentos”, concluiu.

Sobre querer chegar a diferentes públicos a partir do Reino Unido, Seaan Tiller disse que é um desafio tentar furar mais ainda a bolha dos PALOP e que o foco neste momento é a palavra principal para que o resto das coisas possam dar certo. “Nem sempre as coisas correm conforme queres. É bom também porque alimenta-te como artista e ajuda-te a ir para outros patamares. Tentamos reunir todo o mundo usando a linguagem que outras pessoas também entendem. Podem não entender tudo mas acabam por curtir porque o som está lá e as misturas fazem as coisas serem diferentes”, explicou.

Assiste à entrevista completa no vídeo abaixo.

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