O passado sábado, 19 de março de 2022, foi marcado pelo regresso do maior encontro da cultura do Hip Hop Tuga, no Altice Arena. De acordo com a organização, no espaço estiveram reunidas mais de dez mil pessoas, que assistiram ao longo de três horas e meia à narrativa das últimas três décadas do Hip Hop Tuga, contadas na primeira pessoa.
Com produção da Faded e Xapa 13, mais de 40 artistas pisaram o palco do Altice Arena. Uma delas em especial, a de Gabriel O Pensador, um dos grandes responsáveis pela entrada do género musical nas rádios portuguesas.
Além do artista brasileiro, há a destacar as atuações de Black Company, Valete, Sam The Kid, NGA, Bezegol, Capicua, Dillaz, Nenny, Julinho KSD, Bispo, Chullage, Kappa Jotta, Holly Hood, T-Rex, XEG, GROGNation, Papillon, Vado Más Ki Ás, Phoenix RDC, Tekilla, Bomberjack, entre vários outros nomes pesados do movimento hip hop em português que deram voz, corpo e alma ao evento.
Ao longo da noite, o público viajou por três décadas de existência do Hip Hop em terras lusas, onde os quatro pilares deste movimento (o MC, o DJ, o B-boy e o Writer) estiveram representados durante todo o espetáculo.
O palco com três andares e seis metros de altura foi desenhado respeitando a cronologia da cultura do Hip Hop, sendo o DJ a primeira figura a aparecer em cena, mantendo-se como o “maestro” e “motor” de todo o espetáculo, sempre posicionado no último piso. O segundo andar esteve dedicado aos b-boys e às b-girls, que deram ao longo do concerto movimento aos beats e rimas. Já o primeiro andar foi palco das rimas e carisma dos MCs, sempre acompanhados nas laterais pelos writers que ao longo de toda a noite cumpriram a missão de pintar dois murais com sete metros de altura, cada, enquanto três ecrãs de LED sustentaram a história do Hip Hop Tuga, desde o passado até ao presente.
Confere abaixo nas imagens abaixo como foi o evento.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.