Na semana passada, vários artistas juntaram-se ao apelo e pediram aos seus fãs para ficarem em casa, com o #FestivalEuFicoEmCasa directamente das salas de cada um. Foram cerca de dois milhões e 300 pessoas a assistirem a cada show.
A atual situação que se está a viver é inédita. O mundo está parado, por forma a tentar conter a propagação do Covid-19.
Os números são inequívocos. Mais de 2 milhões e 300 mil pessoas estiveram agarradas aos seus dispositivos móveis para ver os seus artistas preferidos atuarem, a partir das suas casas, em direto no Instagram. Muitas delas assistiram a vários concertos durante os seis dias de festival, cujo alinhamento englobou artistas de vários quadrantes da Música Portuguesa.
Terminado no passado domingo, o @FestivalEuFicoEmCasa pôs em marcha uma iniciativa que uniu artistas, editoras e agências, num movimento cultural inédito em Portugal, apoiado pelos meios de comunicação, influencers e toda a comunidade digital.
O seu principal objetivo foi sensibilizar a população para a necessidade de ficar em casa. “Numa altura crítica para Portugal e para o Mundo, é urgente que todos entendamos que só cumprindo as orientações da OMS e DGS poderemos sair deste cenário com a maior rapidez possível, protegendo também, desta forma, todos os inúmeros profissionais que são imprescindíveis para o combate ao Covid-19 e continuidade do funcionamento do país, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, trabalhadores de supermercados, polícias, bombeiros e tantos outros”, explica a organização do evento através de comunicado enviado às redações.
A iniciativa #FestivalEuFicoEmCasa teve também como objetivo tornar visível a problemática com que o sector cultural se depara, chamando a atenção da população, dos media e consequentemente dos decisores políticos para a necessidade de olharem para as especificidades próprias desta área, numa altura em que o cancelamento e adiamento de inúmeros concertos e espetáculos em Portugal resultou numa quebra de 100% na faturação de grande parte dos intervenientes do sector, deixando artistas, músicos, técnicos, agências e várias empresas numa situação económica muito delicada.
“A comunidade artística está ciente de que, só com a responsabilidade de toda a população o sector poderá voltar à normalidade o mais breve possível, reduzindo dessa forma o impacto económico na sua atividade.”
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