Amílcar Geração é um monólogo dramático em três atos, protagonizado por Ângelo Torres e que tem por tema a figura de Amílcar Cabral e o seu legado. A peça estreou-se nesta sexta-feira, 30 de setembro, e continua em cena nos dias 7 e 8 de outubro, no Teatro Amélia Rey Colaço, em Algés (Lisboa).
O objetivo desta formulação dramatúrgica foi encontrar um tratamento compósito da figura de Cabral: um retrato e uma reflexão sobre o impacto da sua vida e pensamento nas gerações que o seguiram.
A premissa central de Amílcar Geração é a ideia de que confluem em Amílcar Cabral dois homens — um a que chamamos “Cabral” e um outro a chamamos “Amílcar”. Cabral é o homem que sistemática e cientificamente levou a cabo um plano magistral para a independência de dois países. Amílcar é o homem terreno, que se apaixonou por uma transmontana, que estudou engenharia agrónoma, que se confrontou com a miséria em Cabo Verde, em Portugal e em Angola, e que gostava de jogar futebol.
Em Janeiro de 2023 terão passado cinquenta anos sobre a morte de Amílcar Cabral e em 2024 celebrar-se-à o centenário do seu nascimento. Cabral deixou à Guiné, Cabo Verde, Portugal, às novas nações africanas e ao mundo, uma herança histórica e intelectual de valor inestimável.
O texto e encenação da peça é de Guilherme Mendonça, interpretação de Ângelo Torres e produção executiva de Nuno Pratas.
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