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As várias “Waves” de Beatoven já disponível

Beatoven / Foto: Hugo Almeida
Beatoven / Foto: Hugo Almeida

Depois de ter lançado o seu primeiro álbum de originais, Mind Frames, em 2020, o produtor Beatoven lança agora o seu novo projeto. Waves é uma coletânea de remixes que marca uma transição na carreira do artista. 

Para quem conhece o trabalho do produtor, Beatoven habituou-nos sempre a uma sonoridade ligada ao Hip Hop, entre outros sons urbanos, mas sem medo de experimentar novas sonoridades e, neste projeto, aproximou-se de uma harmonia mais eletrónica, sem esquecer a sua essência. Soulection é a palavra criada para definir este Waves de Beatoven, que  conta com remisturas de Ivandro, Dino D’Santiago, Deejay Télio, Carla Prata e Monsta.

“O nome Waves foi escolhido para este EP e para uma coletânea de vários EPs que vão sair, sendo este o primeiro volume”, explica Beatoven. “Cada música simboliza uma onda diferente. Queria trazer várias sonoridades e a intenção é sempre originar uma lufada de ar fresco com os remixes. A escolha dos temas foi feita tendo em conta o seu destaque e a importância que tiveram no passado ou que continuam a ter no presente. Quis renovar e atualizar estas músicas”, explicou o artista no comunicado enviado à redação. 

Quisemos perceber um pouco mais sobre este novo trabalho de Beatoven e conseguimos trocar dois dedos de conversa sobre “Waves” e tudo o que está por trás deste projeto.

Claramente que ao ouvirmos os primeiros BPMs da tua nova versão como produtor, nota-se uma grande diferença de trabalhos anteriores para este. Ao que se deve essa transição?

Beatoven: Esta transição tanto é musical como pessoal. A nível profissional teve o seu propósito, a sua mensagem porque não se trata só destes remixes, trata-se também de outros projetos que vêm aí e nos quais estou agora a trabalhar. Mas a nível pessoal também teve o seu propósito, ou seja , a mensagem que existe a nível musical tem a sua coerência e dei asas a esta nova faceta.

Então, o que diferencia “Waves” de “Mind Frames”,  “Toven is Back” ou “Presa e Predadores”?

Beatoven: O que diferencia é o Beatoven que está mais maduro. O Presa e Predadores não chegou a sair, teve um single mas não chegou a sair cá para fora. O Toven is Back foi o primeiro projeto onde escolhi vários temas que já tinha lançado cá para fora e fiz uma colectânea e deu-me o carimbo de produtor /artista. O Mind Frames foi o álbum que me deu o estatuto, o Waves é uma colectânea que a nível de produtor /artista não tem um peso tão grande mas foi a rampa de lançamento para esta nova imagem do Beatoven, foi apenas um aperitivo. 

Se falarmos aqui em termos de produção, conseguimos ver que existe um Beatoven mais maduro e com vontade de experimentar novas sonoridades. Waves acaba por ser muito isso, uma experimentação/confirmação daquilo que consegues fazer enquanto produtor?

Beatoven: Quem me conhece de longa data sempre entendeu que nos meus projetos pessoais fiz experiências. Isto porque eu tinha muitos instrumentais que os artistas tinham receio de escolher para os seus próprios projetos, então decidi que queria sair fora da caixa e comecei a fazer isso com o trap antes do Toven is Back. O trap não era uma sonoridade muito aceite mas eu tinha pessoas do meu círculo e artistas próximos de mim gostariam de experimentar e acabou por funcionar muito bem.

Houve muitos temas que criaram certos pontos na cronologia e que delinearam certas sonoridades. Falo de temas como o “Livin La Vida” que teve um peso muito grande no trap comercial. Já neste caso não digo que seja uma experiência. A experiência vai sempre existir, eu aqui queria criar um conteúdo do Beatoven nessa sua nova sonoridade, nessa sua persona que não é aquilo que o Beatoven apresenta na sua vida pessoal.

Está tudo muito mais unificado. Mas, claro que o Waves dá-me uma liberdade muito maior porque não há regras, quem vai delinear as regras sou eu, quem vai entender aquilo que eu quero trazer para as pistas sou eu. O Waves é um projeto para os clubs, com calor, um projeto que faz qualquer pessoa que ouve não ficar indiferente a mexer o pé ou a cabeça.

Podemos assumir que Waves é então a antevisão de mais Eps que vais lançar até ao álbum?

Beatoven: Não vou dizer que não está na ideia lançar mais um álbum, mas de momento não é uma prioridade. O Mind Frames é um trabalho muito grande, é um álbum com 40 colaborações, 19 temas e 9 vídeos. Deu muito prazer mas deu muito trabalho.

O Waves é a rampa de lançamento para os meus projetos de originais, vai ser a suplementação do meu EP de originais que se vai chamar Algo(ritmo) e sairá ainda este ano. O Waves terá continuidade porque vamos ter sempre muitos remixes porque é algo que faço para as pistas de dança, e teremos tanto nacionais como internacionais. 

Mas porquê lançar uma colectânea quando podias lançar um EP e logo depois um álbum?

Beatoven: A decisão de ter lançado uma colectânea foi porque queria que as pessoas conhecessem com facilidade o que estou a fazer de momento. Por isso seria muito mais fácil pegar na música de outros artistas e dar a conhecer, promovendo juntamente com os artistas, seja diretamente ao público como nas redes sociais, do que lançar eu um projeto de originais. Estrategicamente para mim fez mais sentido assim.

O que as pessoas podem esperar do teu novo álbum? Um trabalho idêntico ao “Mind Frames”, musicalmente e artisticamente, ou um conceito e sonoridades completamente diferentes?

Beatoven: Podem esperar sempre um Beatoven saído da casca musicalmente, sempre com surpresas. Esta nova roupagem já fala por si, mas vai ser muito distinto do Mind Frames. O Mind Frames foi uma salada, uma mistura de muitas coisas, tinha Afropop, EDM, (Electronic Dance Music), Rap, Trap, Clássicos, música experimentar. Aqui está direcionado para uma sonoridade Soulaction, ou seja um Edm urbano com um toque de R&B e direcionado para as pistas.

Em termos artísticos, a nível de artes visuais podem contar que a Neutro vai estar outra vez de volta com uma grande listening session, mas mais próximo da altura voltamos a falar sobre isto e a dar a conhecer ao nosso povo o que tenho aqui guardado para vocês. Entretanto, espero que desfrutem do Waves e que esperem pelo Algo(ritmo), que vai trazer músicas boas, tanto a nível de sonoridade como de mensagem.

Waves já está disponível nas plataformas digitais, com vídeos gravados em localizações impactantes com Beatoven a apresentar uma performance nos pads — o artista está a construir o seu live act para se apresentar ao vivo em clubes, festivais ou eventos, tornando-se um músico cada vez mais completo.

O disco conta com masterização de MixedbyFinesse e artwork de Designedwfinesse. Este é o projeto que antecipa o seu próximo álbum de originais, “ALGO(ritmo)”, que será lançado ainda este ano.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

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