Kobe Bryant fez do Black Mamba um rótulo mundialmente conhecido, mas este é usado além do basquetebol. O nome da serpente africana mais mortífera foi adoptado também por um grupo de guardas do Parque Nacional Kruger, África do Sul, constituído por 33 mulheres que protegem animais selvagens contra a caça furtiva.
Fundado em 2013, o grupo começou com 14 mulheres que residiam numa comunidade próxima à reserva, Phalaborwa, e hoje são 33 na luta ativa em prol da proteção de várias espécies animais.
O nome Black Mamba é uma representação da “força das mambas e a sua rapidez de reação”, explica Valeria van der Westhuizen, gestora de comunicação das guardas.
Com uma forma diferente de combater a caça furtiva, as Black Mamba decidiram criar uma unidade essencialmente feminina, que tem a sua base localizada na Reserva Natural de Balule, no Parque Nacional Kruger, num espaço de cerca 50 mil hectares.
Os rinocerentes são uma das espécies que mais precisam de proteção, considerando estarem em perigo de exinção, visto que é um animal com uma fraca taxa de reprodução. 80% dos rinocerentes no mundo estão em África.
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Com o lema “If we don’t stop the hunters, who will?” (Se não pararmos os caçadores, quem o fará? – traduzido para o português), as guardiãs dos rinocerontes lutam para impedir a invasão dos caçadores que aproveitam a “calada da noite” para roubar os seus chifres, que atualmente valem mais do que o ouro.
Um dos seus objetivos é educar sobre a importância da conservação animal e recolher informações de moradores sobre a caça ilegal.
Atualmente, as Black Mamba possuem um programa escolar chamado Bush Babies, que é um programa de educação ambiental oferecido a dez escolas em comunidades nas redondezas do Parque Greager Kruger. Realizado semanalmente durante uma hora ao longo do ano académico, a iniciativa conta com a presença de alunos desfavorecidos com idades entre os 12 e 17 anos, sendo esta uma geração que se vai “transformar em adultos competentes e que possam trabalhar de forma construtiva e colaborativa para melhorar as suas comunidades e a sociedade como um todo”.
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