Um novo espaço dedicado às artes, ao corpo e à gastronomia está prestes a abrir as suas portas no coração do Porto (Portugal). Casa Odara é o nome da iniciativa inspirada na canção de Caetano Veloso, de 1977, que evoca a beleza e a festa tropicalista. O local propõe-se a ser um reduto para a diversidade e resistência, abraçando diferentes perspetivas e pautas como cabelos naturais, artistas imigrantes, LGBTQIA+ e questões feministas, antirracistas e decoloniais.
O projeto foi idealizado por um grupo de mulheres imigrantes, liderado por Gabriela Barbosa, que há mais de uma década tem se destacado no trabalho com cabelos naturais e no questionamento dos padrões estéticos impostos pela sociedade. Com uma trajetória única no tratamento e corte de cabelos naturais, Gabriela é considerada uma das principais referências em Portugal nesse campo.
A partir do dia 8 de agosto, a Casa Odara estará aberta ao público, oferecendo um estúdio de cabeleireires de cabelos naturais, um café e um programa cultural com foco em artistas imigrantes, lgbtqia+, feminismos e arte-educação. Além disso, a programação cultural será iniciada com a exposição Qualquer coisa que se sonhara, com curadoria de Gabriela Carvalho e obras das artistas Karla Ruas, Najla Leroy e Samuel Wenceslau. A exposição apresenta trabalhos em diferentes formatos, estabelecendo uma conexão entre corpos humanos e vegetais a partir das raízes e rizomas, evocando a ideia de ancestralidade.
Em breve, o espaço também contará com um café e uma programação cultural diversificada, que incluirá grupos de leitura, workshops, concertos, debates e mais exposições.
“Casa Odara é um refúgio para a diversidade e o culto às artes, onde buscamos empoderar e celebrar encontros, diversão, prazer e conhecimento”, afirma Gabriela Barbosa, fundadora da Casa Odara.
