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China descrimina e humilha negros durante pandemia

TO GO WITH China-HongKong-Africa-Economy-Trade,FEATURE by Rhia Tejpe In a picture taken on August 26, 2013, a trader from Zambia (R) sits outside a clothing wholesale market in Guangzhou. The engines behind a lucrative trade between China and Africa lie in the low-cost manufacturing mecca of Guangdong province in southern China, drawing entrepreneurs from across Africa, creating one of the largest black communities in Asia in the provincial capital of Guangzhou. AFP PHOTO (Photo credit should read STR/AFP/Getty Images)

Afastados dos hotéis, expulsos das suas casas ou proprietários que cortam abusivamente a energia das casas, a comunidade africana e afro-americana em Guangzhou, na China, diz estar a ser vítima de discriminação abusiva e detenção nos últimos dias. Alguns dos incidentes provocaram fortes reações de diplomatas africanos.

O aumento de casos de covid-19, em Guangzhou, a norte de Macau e Hong Kong, levou a população a rejeitar e descriminar negros, por acreditarem que esta comunidade é a responsável por uma segunda vaga da epidemia.

Neste sábado, 11, a embaixada dos Estados Unidos aconselhou os afro-americanos a evitar a cidade, escreveu a RFI.

A Associated Press revelou que “a polícia ordenou que bares e restaurantes não atendessem clientes que pareçam ser de origem africana” e que as autoridades locais determinaram a realização de testes obrigatórios e ‘auto quarentena’ para “qualquer pessoa com contactos com africanos”.

Várias imagens circulam nas redes sociais, como um vídeo em que um diplomata nigeriano grita com uns homens vestidos com fatos de proteção brancos: “devolvam os nossos passaportes”. São empresários e estudantes forçados a dormir nas ruas.

A polícia e o departamento de saúde pública indicaram aos jornalistas que as autoridades estão a tentar lutar contra os rumores de que “300 mil negros” naquela cidade do sul da China “estavam a desencadear uma segunda epidemia”, o que “causou pânico”.

Em resposta à atitude abusiva e discriminatória dos cidadãos de Guangzhou, diplomatas africanos reuniram-se com responsáveis do Ministério das Relações Exteriores da China para expressar “preocupação e condenação dos acontecimentos perturbadoras e humilhantes” às quais os seus “cidadãos foram submetidos”, revelou a embaixada da Serra Leoa em Pequim, num comunicado difundido na sexta-feira.

A situação também motivou críticas do presidente da Câmara dos Deputados da Nigéria, Femi Gbajabiamila, através do Twitter, e a intervenção do ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Geoffrey Onyeama, que disse ter convocado o embaixador chinês para expressar “extrema preocupação” e pedir uma resposta imediata do governo de Pequim.

O Quénia também já se manifestou através de uma declaração do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada daquele país em Pequim.

Devido ao aumento de casos de coronavírus naquela cidade, a maioria casos importados, Pequim anunciou que vai banir durante dez anos todos os estrangeiros que não respeitarem a quarentena.

Nos últimos dias, Guangzhou registou 114 casos de contaminação importada, uma grande maioria da diáspora chinesa e 16 africanos.

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