Sir Lovely apresentou-nos recentemente a sua nova mixtape Dialogos, uma resposta e consolo para os fãs que muito pediram o seu regresso, depois do último projeto, Antídotos, em 2019.
Diálogos surgiu como nome do trabalho “porque o projeto é sobre expressão e acredito que dialogando podemos calar muito dos nossos barulhos mentais”, conta o artista. A nível de sonoridades, este é “um projeto que retrata e expõe sentimentos” explorando acid jazz, o alternative r&b e lo-fi, estilo no qual o cantor moçambicano considera-se rei.
São 13 faixas, com as participações de Optional, AG Stunna, Stefânia Leonel, Kennobi, Ness, KENNON e Kid Sony. A arte gráfica pertence a OIrélio Djambiceiro.
Através do silêncio que se debate entre nós consigo ouvir até o teu cárdio. Mas é essa batida e esse copo a melhor companhia para nossos Diálogos.
— DIÁLOGOS Mixtape 🎈 (@LeSirLovely) August 3, 2021
DIÁLOGOS Mixtape já disponível 🎈👑
Link: https://t.co/nMjHfB6RCH
Os CD’s saem em Setembro🎶🎊 pic.twitter.com/qki6K90Krc
O processo criativo foi desafiante e Lovely teve de enfrentar alguns obstáculos para conseguir levar o trabalho a bom porto. “À medida em que ia escrevendo, uma série de eventos foram acontecendo na minha vida que não só atrasaram o processo como também influenciaram”. Boa parte das músicas foram compostas durante a sua passagem pela cidade de Vilanculos, na costa leste de Moçambique.
Com este Diálogo, o artista quer transmitir uma espécie de sensação de paz, numa altura em que enfrentamos todos uma pandemia, e Lovely não esquece também o que está a acontecer em Cabo Delgado.
Em relação aos seus trabalhos anteriores, Sir Lovely ou O Clássico, como também é chamado, não mudou, continua o mesmo “Moreno de Benfica” que em Diálogos usa a sua voz para revelar-se e apresentar os problemas que o afligem, como forma de intervir na sociedade e motivar o público a enfrentar os seus problemas.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.