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Dino D’Santiago lotou o Coliseu dos Recreios

Dino D’Santiago
Foto: Filipe Amorim

O filho de Quarteira apresentou-se sozinho no palco do Coliseu dos Recreios, neste sábado 2, rodeado de avançadas técnicas de efeitos luminosos e na frente de uma plateia lotada.

Mais de quatro mil pessoas aceitaram o convite de Dino a entrarem na sua história e percurso de vida que o conduziram até à ribalta.

Do início ao fim, a irmã do artista foi a narradora desse mesmo percurso. Desde os pormenores mais íntimos aos mais públicos, Dino D’Santiago despiu-se para vestir-se da identidade livre, ativista e revolucionária que hoje assume.

Badiu, nome do seu último trabalho, foi tocado na íntegra mas foi Mundu Nôbu e Crioula que abriram a noite. Com um acapella, o artista revisitou também o primeiro álbum, Eva, ao cantar “Nos Tradison”.

Depois de pisar o palco sozinho, o segundo grande momento da noite foi quando Slow J o acompanhou em “Esquinas”. O público ficou em êxtase completo com a simbiose entre as vozes de ambos.

O mesmo se deu quando os demais convidados se juntaram a Dino no palco. Foram eles Kady Soul Sista, Nayela Simões, Julinho KSD, Alícia Rosa, uma jovem promessa algarvia e, a fechar, Branko.

Dino deu ao público não só música mas imensas oportunidades de reflexão. “Em tempos de guerra uns são vítimas e outros são apenas africanos”, esta foi umas das várias, fraturantes, chamadas de atenção do cantor, para os diferentes flagelos sociais, políticos, económicos e culturais que a comunidade negra, em particular, enfrenta, um pouco por todo o mundo.

Ficou também evidente a reverência que o artista tem pelos músicos que o precederam, como por exemplo Nha Nácia Gomi e os seus contemporâneos, como Nelson Freitas.

Com poucas palavras e antes de terminar o concerto, Dino fez questão de realçar a importância do cuidado da sua saúde mental, começando pela sua, que afirma ter sido melhorada, depois de desempenhar o papel de pai.

Este seu espetáculo sem precedentes foi dedicado à família, pilar fundamental e determinante na sua caminhada artística. Entre crioulo e português, Dino D’Santiago carimba o seu nome no Coliseu. Veio de longe mas não é estrangeiro – tal como a diz em “Mundu Nôbu”, e o seu “corpo também é pátria”.

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