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Djodje acaba de largar amapiano “Riko” com DJ Tárico

Djodje acaba de disponibilizar novo single, num registo totalmente diferente do habitual. “Riko” é um poderoso amapiano, produzido em colaboração com um dos nomes mais importantes da cena djing moçambicana, DJ Tárico.

A BANTUMEN teve a oportunidade de conversar com Djodje para obter alguns detalhes exclusivos sobre esta nova produção.

Em “Riko”, Djodje mergulha de cabeça no universo do amapiano, um estilo que não o conquistou quando este saiu da África do Sul para se alastrar aos quatro cantos do mundo, mas a consistência e a peculiaridade do estilo acabaram por cair nas boas graças do artista cabo-verdiano. Este diz inclusive que, consegue, por vezes, encontrar no estilo sul-africano algumas semelhanças com a Tabanca, tipo de música tradicional da terra da morabeza.

A parceria com Tárico teve início de maneira estritamente profissional, mediada pelo empresário nigeriano Geobek, manager do DJ, mas, de cordo com o artista, depois de passarem algum tempo juntos na Nigéria para a gravação do videoclipe, a sintonia profissional acabou por arrastar-se para uma amizade.

A produção instrumental de “Riko” esteve a cargo do DJ e produtor moçambicano – nomeado como uma das 100 Personalidades negras Mais Influentes da Lusofonia de 2021, enquanto Djodje assumiu integralmente a composição da letra e melodia.

O videoclipe foi produzido e dirigido na Nigéria por Gorilla Boy, que assina trabalhos com artistas de alcance global como Davido, Asake, TG Omori, entre outros. Djodje ressaltou a escolha de gravar na Nigéria como uma decisão estratégica para apresentar algo inovador musicalmente, mas também em termos de qualidade visual. Além de que, o artista está focado em conquistar novos públicos. “A palavra do dia agora, para mim e para a minha equipa, é internacionalização. No sentido de conseguir ter uma carreira realmente internacional, poder fazer tours não só dentro das comunidades PALOP espalhadas pela Europa, mas ir também para países que ainda não fui, levar a música cabo-verdiana e dos PALOP para outros portos. Quero estabelecer-me como um artista internacional e a seguir como um artista global”, explicou-nos.

Questionado sobre voltar a mirar o mercado musical africano, Djodje afirma enfaticamente que nunca desviou os olhos do continente. Desde a sua chegada a Portugal, em 2007, aos 18 anos, sempre se dedicou à produção de música africana, seja Kizomba, Funaná, Afro Pop, fusão ou Afrobeat, destacando que permaneceu fiel às suas raízes ao longo dos anos. “Sou um artista que vem de Cabo Verde, nascido e criado lá. Vim para Portugal aos 18 anos e minhas raízes sempre estiveram no centro de tudo.”

Ele enfatiza que, atualmente, a música africana ganhou um destaque merecido, proporcionando aos artistas africanos uma visibilidade ampliada. “Antes, as referências eram, se calhar, mais a nível dos Estados Unidos, mas ainda bem que isso mudou porque, hoje em dia, conseguimos ter referências africanas a nível internacional, a nível global. Quando há pessoas dentro do nosso continente a fazer cenas de louvar, não podemos ter medo de dizer ‘quero chegar aí também‘. Não vamos ser iguais, porque cada um faz o seu caminho, mas nos meus passos”, sublinhou Djodje.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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