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Fusion Afro arranca 2ª edição sem Wet Bed Gang

Na pequena comuna de Conthey, na Suíça, arrancou esta sexta-feira, 9, a segunda edição do Fusion Afro Festival, um evento musical que celebra a diversidade e a cultura africana. Para os três dias do programa, de 9 a 11 de junho, o festival promoveu uma série de artistas renomados da cena afro internacional, como o franco-camaronês Tayc, o nigeriano Oxlade, suíço-congolês Tayron Kwidan’s e do cenário lusófono DJEFF, T-Rex, Wet Bed Gang, Djodje, Danni Gato, Lilocox e MC Acondize. Apesar do peso de cada um destes artistas, ao contrário do ano passado que contou com Soraia Ramos e Nenny no alinhamento, esta edição pecou pela ausência de uma representante feminina.

As portas da sala polivalente de Conthey estavam previstas para abrirem às 19 horas. A produção levou a equipa da BANTUMEN ao recinto por volta das 22h30 e ainda havia uma fila considerável de pessoas à espera para entrar.

Com uma capacidade para quatro mil pessoas, pelo que vimos, pelo menos 3.500 pessoas estiveram ali presentes.

Este primeiro dia de Fusion foi marcado pelo espetacular concerto de Tayc, uma superestrela francesa, que cativou o público durante quase duas horas de apresentação. Antes de Tayc, subiram ao palco Tayron Kwandi’s, e o aquecimento foi feito por Roby & Senconta.

No entanto, problemas de atraso e desorganização ocorreram ao longo do dia, afetando a programação do evento. O sound check dos artistas atrasou, ultrapassando os tempos previstos, o que gerou uma série de problemas subsequentes. A hora de término do evento estava programada para as 2 horas da manhã, mas a essa hora Tayc ainda estava a um terço de finalizar a sua longa apresentação. Os artistas seguintes, Wet Bed Gang, estavam prontos para subir ao palco quando a equipa de produção do quarteto começou a desmontar o equipamento acabado de montar. Previa-se que algo estava a acontecer. Após uma longa espera e especulações sobre o que se estava a passar, a produção do festival subiu ao palco para informar que, devido aos inúmeros imprevistos ocorridos ao longo do dia, Wet Bed Gang e DJ Danni Gato, as duas atrações mais esperadas pelo público lusófono, não se apresentariam.

A insatisfação do público foi imediata. O incidente logo repercutiu nas redes sociais, com alguns descontentes a expressarem a sua frustração por se terem deslocado de longe para ver Wet Bed Gang e Danni Gato.

Ainda assim, a imprevista e repentina saída do recinto ocorreu sem incidentes, e alguns dos presentes digiram-se ao Club Opera, onde aconteceria a after party, com os DJs Ems e Mangole na condução da festa.

Na manhã deste sábado, a equipa da BANTUMEN entrou em contato com a organização do evento, que explicou que os atrasos ao longo do dia acabaram gerar uma série de problemas e resultaram no cancelamento dessas duas apresentações. Além disso, a organização admitiu que a sua equipa não estava adequadamente preparada para lidar com imprevistos, como as demandas específicas de Tayc que, tendo a mais longa atuação da noite, não a encurtou para facilitar o desenvolvimento do programa.

No mesmo contato com a produção do Fusion Afro, foi-nos ainda confirmado que, para o segundo dia do festival, Oxlade, cabeça de cartaz, também não se apresentaria. O cantor estava programado para viajar da Nigéria para a Suíça na sexta-feira, mas precisou alterar o voo devido a uma reunião no sábado pela manhã. Contudo, o artista acabou por perder o voo rumo à Suíça, impossibilitando a sua participação no Afro Fusion Festival.

A fim de compensar o público pelo por alguns destes inconvenientes, a organização conseguiu reagendar a apresentação de Danni Gato para este sábado, dia 10 de junho.

De recordar que o Fusion Afro Festival é sobretudo um movimento organizativo que nasceu na comunidade, sobretudo cabo-verdiana, e com a direção de Tony Cabral e Bruno Gonçalves. São dois filhos de imigrantes e organizadores de eventos na Suíça desde 2016 que são movidos pelo sonho de realizar o melhor festival da diáspora africana na Europa. Numa entrevista recente da BANTUMEN a Bruno Gonçalves, o produtor disse-nos: De acordo com Bruno, “a matemática foi muito simples. Somos PALOP, filhos de imigrantes e queremos fazer algo que nos represente, mas depois tens de ver onde estás localizado para dar um pouco aos outros, de criar um intercâmbio de culturas. Temos um povo amante de música afro, que para nós é o futuro, e é este caminho que queremos dar e o feedback tem sido positivo”.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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