Envolvido na produção de várias músicas artistas conhecidos, discretamente, Toty Sa’Med tem-se açambarcado dos ouvidos de quem gosta da música pop atracada nas sonoridades dos PALOP. Com Moxi, o álbum de estreia, quase à porta, o artista angolano que foi obrigado a confinar-se em Lisboa e que ali decidiu assentar raizes foi o primeiro convidado do BANTUMENPodcast com Ana Rita d’Almeida na condução.
A conversa decorreu ia o dia longo, entre as quatro paredes do estúdio Arrecada Sons, de Pedro Silva, e com as câmeras em modo REC mas podia ter acontecido numa qualquer noite, entre amigos, regada com um bom vinho maduro, considerando o à vontade de Toty quanto às interrogações de Ana sobre o ambiente pré e pós eleitoral em Angola, as suas inspirações, a sensibilidade castrada do homem negro e, claro, a produção da obra que vai lançar já nesta sexta-feira, 21.
Nas palavras de Toty, ouvimos que é bom rapaz mas a sua inspiração, para escrever as histórias que canta, bebe de uma obsessão por relações tóxicas; como é que conseguiu despistar o perfeccionismo de que padece para conseguir finalmente finalizar este Moxi; a responsabilidade que carrega nos ombros de “levar a cultura angolana moderna para a frente”; a fluidez com que os trabalhos se organizam na Kiôlo com os colegas Seiji, Kalaf, Dino e Nayela; entre vários outros assuntos que vão provavelmente deixar-te de plantão em frente ao ecrã – visto que o vídeo do podcast também está disponível no YouTube. Se preferires, também podes apenas ouvir o episódio através da tua plataforma de podcast de eleição.
De recordar que, Moxi (que em kimbundu significa número um ou primeiro) será lançado no dia 21 de outubro e, a nível sonoro, de acordo com o que nos contou Toty, junta diferentes vibes de outros tempos e contemporâneas, com o pop em destaque.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.