Sozinha na mansão, com um problema técnico no lava-loiças, liga para um canalizador experiente na limpeza de canos, ele chega rapidamente, ela abre a porta só de roupão e que deixa visível cada curva… o resto vocês já sabem. Pouca conversa, muita acção, ele atinge o clímax e pronto. Fim.
A grande maioria dos filmes porno giram à volta do mesmo argumento. Mudam-se as personagens e o cenário e a finalidade acaba por ser sempre a mesma: dar prazer ao homem. Elas são só assistentes. Servem para dar prazer e não receber.
Se é o tipo de pornografia que gostas de assistir, não precisas de procurar muito. E ela? E se ela quiser assistir a algo que lhe dê prazer? Vai ter que procurar e procurar e procurar.
Para contrariar esta tendência, os sites mais conhecidos da indústria já têm uma categoria amiga das mulheres: Female Friendly.
A maioria dos vídeos vem acompanhado com um símbolo de Vénus, deusa romana do amor e da beleza, para avisar o espectador que o conteúdo é altamente excitante, mas na perspectiva feminina.
De acordo com a Vice, esta categoria surgiu porque as empresas da indústria torno estão a ter um claro aumento nas audiências por parte de mulheres.
As últimas análises, de 2015, indicam que 24% dos utilizadores são mulheres e quase todas assistem a porno lésbico.
Cerca de 30% das participantes assistiam regularmente conteúdo da secção female friendly e as razões eram bem parecidas: menos agressão, mais foco no prazer da mulher. Uma participante disse que female friendly era igual “’pintos’ menos gigantes e menos misoginia”. E a questão da mulher também ter prazer, em vez de apenas dar, é o factor principal.
No entanto, cerca de 45% das participantes disseram nunca ter cruzado com a seção female friendly, e 25% experimentaram mas não se interessaram. Para quem não gostou as razões eram quase idênticas: muito suave, muito controlado, muito heterossexual, orgasmos fingidos, muito parecido com soft porn de TV.