Em outubro, escrevemos aqui sobre o álbum Prétu 1 – Xei di Kor, de Xullaji, um projeto ambicioso que mistura música e criação visual para explorar as possibilidades de resistência contra as complexas realidades sociais, políticas, económicas e tecnológicas que impactam as comunidades pretas.
Agora, Xullaji apresenta o novo disco, no Teatro do Bairro Alto, no dia 19 de janeiro pelas 19h30, num concerto onde as “formas de onda vibrando no espetro audível e inaudível conectam fragmentos de mensagens absorvidas em circuitos analógicos e retransmitidas em tecnologia ancestral africana. É uma densidade sonora onde, em cada volta, se revelam novos timbres. Novas vozes. Vozes negras. Ouvimos ecos do escritor James Baldwin, dos históricos do PAIGC Amélia Araújo e Amílcar Cabral, da ativista Angela Davis, do filósofo Frantz Fanon e de outros tantos. Não há notas ou escalas; há texturas, frequências, harmónicos processados que alteram estados de consciência. A percussão distorce o tempo, percorrendo um caminho que justapõe futuro e tradição. Não há história, nem progresso, não há começo ou fim. Os sintetizadores aceleram partículas sonoras. Buracos negros: a estrela negra. A luta continua”, lê-se no comunicado.
Prétu 1 – Xei di Kor, de Xullaji, foi considerado o segundo melhor álbum do ano 2023 pelo Jornal Público, também com presença no top 50 dos melhores discos do ano do Expresso/Blitz.
Até lá, ouve abaixo o álbum.