Acaba de chegar aos ouvidos do público o aguardado álbum Prétu 1 – Xei di Kor, de Xullaji, que é um projeto ambicioso que mescla música e criação visual para explorar as possibilidades de resistência contra as complexas realidades sociais, políticas, económicas e tecnológicas que impactam as comunidades pretas.
Reconhecido pelo seu trabalho político no rap sob o nome de Chullage, bem como pela sua colaboração em projetos de sound design para artistas visuais e teatro com a assinatura soundslikenuno, mais recentemente, Xullaji deu-nos a conhecer Prétu, um “afronauta” que atravessa uma dimensão sonora sampleada.
Este projeto não se enquadra em nenhum género musical específico, mas opta por uma densidade sonora que desafia as normas do mainstream cultural. Uma densidade destinada a todos, independentemente da sua origem racial, desafiando os padrões do regimento cultural capitalista.
A primeira parte do álbum conta com colaborações de Braima Galissá, Mick Trovoada, Lowrasta, Landim, Scúru Fitchádu, Dino d’Santiago, Cachupa Psicadélica, John d’Brava e Tristany. No plano visual, destacam-se as contribuições de Peles Negras Máscaras Negras, Mónica de Miranda, Hangar, Ghost Productions, Orlando “Deja-Vu” Podence, Artur Monteiro e MDA Colors. O projeto também envolveu uma série de talentosos dançarinos, dançarinas, atores e membros da comunidade préta de Lisboa e Margem Sul.
Prétu 1 – Xei di Kor é uma experiência revolucionária que transcende os limites da música, convidando todos a explorar uma narrativa de resistência africana em constante evolução e a desafiar as perspetivas convencionais de cultura e de identidade.
