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Reunião Magna, discutir como trabalhar a favor da inclusão

No incío desta semana, no Fórum Lisboa, sucedeu a primeira edição da Reunião Magna a Favor da Inclusão.

A reunião foi organizada pela premiada jornalista e pivot da TVI Conceição Queiroz e a empresária e ativista Myriam Taylor.

O evento contou com a presença de artistas das mais variadas faces das artes, como os cantores Olavo Bilac e Ive Greice, os actores Angelo Torres, Sabri Lucas, Sofia Baessa, Ciomara Morais e Paulo Pascoal.

Roselyn Silva, a estilista, também esteve presente, assim como o treinador Daúto Faquirá e realizador Filipe Henriques.

Apesar da quantidade de figuras públicas presentes, este evento era destinado a todos, todos os que querem lutar pela inclusão social, mas principalmente pela inclusão no mundo dos media.

O evento começou com a introdução de Conceição Queiroz, onde explicou a importância de um núcleo estável na comunidade negra.

“Pretos ricos” foi a expressão utilizada por um miúdo desamparado com o que a jornalista falou. Tem a vida desfeita por ter entrado no mundo do crime. “Elite negra” foi a expressão utilizada por Conceicão Queiroz.

Estas duas expressões significam o mesmo, embora sejam duas formas diferentes de descrever pessoas negras que têm um estatuto previligiado.

Conceição acredita que é necessário acabar com conceito de “elite negra”, de forma a assegurar à nossa comunidade que somos todos iguais e que deveríamos ser “um todos por todos”.

Por sua vez, Miriam Taylor defende que para fazermos parte desta mudança devemos sonhar, mas sonhar um “sonho que nos permita provocar a mudança”.

Cada discurso dado, vinha com um pedaço de cada pessoa, uma situação diferente ou uma história de discriminação para contar.

Paulo Pascoal falou sobre a sua batalha no mundo do cinema como um homem gay negro. Explicou que não permite que o seu talento seja limitado a um papel esterotipado de um negro no mundo do cinema português.

Já Ive Greice, uma cantora brasileira, admite que acha horrivel existirem eventos dedicados à inclusão. “É horrivel termos de ter eventos assim, é horrivel termos cotas no Brazil por exemplo, é horrivel termos de celebrar o dia das mulheres, mas é necessário.”

Mamadou Ba também, ativista e militante antirracista, subiu ao palco para falar sobre a sua visão.

Foi recebido com palmas e, de forma assertiva, exclamou que todos nós temos o poder. “O poder de negociar o nosso lugar na sociedade.”

O activista acabou o discurso com, “há uma coisa que nos une e ela é singular e única, é a nossa ligação negra. Há uma coisa que a cor da pele determina: o nosso lugar na sociedade”.

Este não foi apenas um evento onde os oradores puderam falar, cada um à sua vez. Foi também um espaço criado para que o público pudesse intervir.

Uma das participantes foi Yolanda Tati, youtuber e locutora de rádio. Na sua intervenção, indica ser apologista de que o trabalho feito por negros deveria ser mais valorizado porque “se nos dão uma oportunidade, ela será só mesmo uma”.

Foram vários os participantes, dos mais radicais, aos mais moderados, passando pelos neutros, que quiseram contribuir com o seu parecer sobre a melhor forma de combater a exclusão, nesta época conturbada que se vive em Portugal, em torno da descriminação e ódio racial.


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