Se ainda não foste ver a exposição Kitoko – Histórias da Diáspora Negra, de Alice Marcelino, na Galeria Municipal de Almada (Setúbal, Portugal), agora, tens até ao dia 2 de abril para o fazer.
Com data de término apontada para o dia 5 de março, o acervo fotográfico da artista vai estar praticamente mais um mês disponível para o público.
Kitoko – Histórias da Diáspora Negra é um acervo fotográfico constituído ao longo da última década por Alice Marcelino, lançando um olhar sobre a cultura negra, as suas comunidades e os indivíduos que informam a experiência negra na diáspora, entre o Reino Unido e Portugal.
Kitoko significa bonito em Lingala e, para representar as origens congolesas da família materna, o título surge como “uma ode à minha mãe que também está representada na exposição”, diz-nos a artista.
Para Alice Marcelino a vertente artística “não está dissociada das questões sociais. Elas complementam-se.” Além de expor o seu trabalho de vários anos, Alice quis criar um espaço de representação da vida e experiência negra, porque a experiência negra na diáspora é única e diferente daquela que um cidadão negro vive num país africano. Na diáspora, ser negro é ser estrangeiro eternamente, num país onde nasceu, ser o suspeito do costume, nunca pertencer realmente mas ao mesmo tempo contribuir tanto para a construção de uma nação. Somos criadores contínuos de cultura”, afirma a artista.
Nascida em 1980, em Luanda, Alice divide a sua vida profissional entre Londres e Lisboa. É formada em Fotografia pela Universidade de Est London e está a frequentar um mestrado em Media Digitais na Universidade Goldsmiths, também na capital inglesa.