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Afro Nation segue e soma… com falhas de som

Wizkid no Afronation / Foto: BANTUMEN
Wizkid no Afronation / Foto: BANTUMEN

Sentido, marchar: para quem está atualmente em Portimão, é o que vem à cabeça quando se fala no Afro Nation. As filas acumulam-se em cada passeio, em cada ruela.

Enquanto se marcha lentamente, observam-se os (mini) trajes veraneantes, arrojados e vibrantes e que antecipam o ambiente que se vive no recinto do festival.

A caminho, há festa por todos os lados, o que dá razão à frase que o evento acabou por popularizar estes dias na região algarvia: hell yeah, we wanna party, que traduzido para português significa: com certeza, queremos festejar.

Em marcha lenta da praia até ao palco principal, lá conseguimos chegar a tempo de ver TayC a rebolar ao som de amapiano numa música dos Camarões – o seu país de origem. TayC é conhecido por ser um show man e, em cada atuação, o artista corrobora a sua reputação. Com o público de bandeiras em riste e emoções ao rubro, ouvimos os hit “N’y pense plus”, “Le Temps” ou “Sans effet”, entre outros.

Acabado o concerto, entrou a host do festival, Qoy Lawal, para dar umas palavras de incentivo a todos e a pedir para todos curtirem muito como se realmente não houvesse amanhã. Questionou entretanto se havia ali pessoas de Cabo-Verde, se alguém conhecia o género de música Funaná e chamaram ao palco Tony Pirata, cantor e professor de dança cabo-verdiano, que vive em França. E se, até então, a presença de Cabo Verde se fizesse sentir apenas num ou outro momento em que a bandeira aparecesse à nossa frente, naquela hora ouvimos bem que o arquipélago se fez muito bem representar nesta terceira edição do Afro Nation.

Entretanto, chegava a vez de, diretamente da Nigéria, Asake, pisar o palco do Afronation. Autor do hit “Amapiano”, lançado há um mês com o rapper também nigeriano Olamide e com mais de nove milhões de visualizações. A música tornou-se praticamente necessária em todas as festas africanas. Asake “is for the people” (é para as pessoas) e não se limitou apenas a ficar em palco e cantar. O artista fez questão de ir para junto do público, cantar com eles na plateia e fazer com que todos se sentissem unidos numa festa onde se celebra a africanidade e a sua música. Mesmo com problemas técnicos de som pelo meio – algo que já se tornou habitual nas atuações desta edição -, o cantor não parou. 

Nos intervalos de cada concerto, à falta de entretenimento – a multidão ia-se deslocando para o palco secundário, onde a festa realmente estava a acontecer. Todos dançavam, “faziam” Tik Toks, sorriam e a confraternização era geral enquanto Musa Keys ou Kamo Mphela atuavam. 

A vibe era tão boa que não demos pelas horas a passar e Little Simz já tinha começado o seu concerto no palco principal. Vestida com uma camisa branca, gravata, óculos escuros, calças e casaco pretos, parecia uma personagem moderna do filme MIB: Man In Black, protagonizado por Will Smith. Sozinha em palco – e diga-se de passagem que não sentimos falta de mais nada – cantou as músicas do último No Thank You, o quinto da sua carreira, que navega muito entre Hip Hop, Funk, Gospel e música electrónica. Embora o público e o ambiente não fossem provavelmente os ideais para um concerto da artista, isso não a impediu de fazer a festa à sua maneira e marcar a presença de Londres, onde nasceu, no festival.

Com o aproximar do fim deste segundo dia de Afronation, aumentava a ansiedade para se ver e ouvir WizKid, o nigeriano em quem meio mundo pôs os olhos ao ouvir “Essence”. Atuamente, a música que conta com a participação de Tems tem mais de 150 milhões de visualizações no YouTube.

Enfim, WizKid aparecia, em cima de um mural preto. A considerar pelas reclamações das pessoas no momento, a atuação do artista deixou claramente a desejar, com a fraca interação de WizKid com o público e os constantes problemas de som. Wiz cantou as músicas dos álbuns Made in Lagos e More Love, Less Ego, interagiu com o público a meio gás e uma boa quantidade de pessoas acabou por desistir do concerto, dirigindo-se para a saída do recinto.

Para esta sexta-feira, último e o mais ansiado dia do Afro Nation, vamos ter nomes como Young Stunna, Uncle Waffles no palco secundário e no palco principal Nelson Freitas, Sauti Sol, Booba, 50 Cent e Davido. Através das nossas redes sociais, podes acompanhar todas as atuações e o ambiente que se vive no festival.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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