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Cinemateca Portuguesa com ciclo de cinema dedicado à Guiné-Bissau

Welket Bungué e Bia Gomes, em Mistida (Falcão Nhaga, 2022) | DR
Welket Bungué e Bia Gomes, em Mistida (Falcão Nhaga, 2022) | DR

A Cinemateca continua a sua viagem cinematográfica pelos países africanos de língua portuguesa com o Ciclo “Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado”, dedicado, em maio, ao cinema da Guiné-Bissau. Este ciclo abrange quase 60 anos de história, desde a luta anticolonial até aos dias de hoje, incluindo também os cineastas guineenses da diáspora e os realizadores portugueses que contribuíram com obras relevantes.

Maria do Carmo Piçarra, investigadora e co-programadora deste ciclo, destaca a importância do cinema como uma “arma” de libertação, reconhecendo o papel crucial que o líder guineense Amílcar Cabral teve nesse sentido. Cabral foi o primeiro líder dos movimentos independentistas a perceber o potencial do cinema para revelar ao mundo a luta anticolonial. “Se o projeto de cinema moçambicano é referencial em África, talvez nenhum líder dos movimentos independentistas tenha tido logo a perceção da potencialidade do uso do cinema como ‘arma’ de libertação como teve o líder guineense Amílcar Cabral. (…) O resistente antinazi é o primeiro estrangeiro a filmar nas zonas libertadas, o que faz com Lala Quema (1964) e com Nossa Terra (1966). Colabora ainda com o italiano Piero Nelli na realização de Labanta Negro! (1966), premiado no Festival de Cinema de Veneza”, escreveu a investigadora sobre a programação.

O ciclo da Cinemateca inicia-se na terça-feira, 14 de maio às 19h, na Sala M. Félix Ribeiro, com O Regresso de Amílcar Cabral (1976), de Djalma Fettermann, Flora Gomes, José Bolama, Josefina Crato, Sana na N’Had; e Reconstrução, Educação (1977), de Serge Michel, Florentino Flora Gomes, Sana na N’Hada, José Bolama, Josefina Crato. No dia seguinte, às 18h30, na Sala Luís de Pina, vão ser exibidos Labanta Negro! (1966) de Piero Nelli; Madina Boe (1969) de José Massip, e No Pintcha (1979) de Sergio Spina.

No sábado, 18, o público poderá assistir a uma mesa redonda com a participação de dois realizadores guineenses de diferentes gerações (Sana Na N’Hada e Falcão Nhaga), a conversa percorrerá a história desta cinematografia desde a independência até ao presente. A moderação será feita por Maria do Carmo Piçarra. No mesmo dia, a partir das 19h30, serão exibidos os filmes Arriaga (2019), de Welket Bungué, e Mistida (2022), de Falcão Nhaga.

O ciclo termina no dia 27, com a apresentação de Nome (2023), de Sana Na N’Hada. A programação completa pode ser assistida neste link.

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