A presença ou a ausência de um “se” na vida de uma pessoa pode mudar toda a sua história. Quando somos seguidos por um sonho, devemos acreditar, correr atrás e, sobretudo, estar rodeados de pessoas que acreditam em nós e respeitam as nossas decisões.
Foi o que aconteceu com Calvin Craus, da nova geração de artistas moçambicanos que, desde cedo, descobriu que tinha um talento para a música e trabalha para conquistar um espaço no mercado.
“Descobri a música muito cedo. Aos quatro anos já fazia parte do coro do infantário e, aos oito, já tinha um lugar de destaque no grupo coral da igreja. Mais tarde, com 12, entrei para a Escola de Música, que frequentei durante um ano. Mesmo ouvindo que a música não é futuro, nunca desisti e hoje frequento o curso de música na Universidade Eduardo Mondlane”, explica-nos o artista.
Com apenas 26 anos, Craus já tem um show marcado, no dia 23 de Março, no espaço 16Neto em Maputo, para a apresentação da sua primeiro EP, intitulado Amargo e composto por oito faixas que navegam nos estilos R&B e Soul.
Um dos seus objetivos sempre foi vencer um concurso musical e nessa luta conta com passagens em o “Tribo Jr”, organizado e financiado pelo teatro Gungu em 2009; participou no “Turma Tudo Bem”, da VODACOM, em 2013, “fez arte do Fama Show”, em 2021.
A sua primeira música data de 2011, com o título “Babe do Meu Heart”, fruto de uma colaboração entre colegas e amigos. O primeiro single a solo foi “Desculpa Part I”, lançado em 2012. Sem a repercussão que pretendia, Calvin Craus decidiu que precisava apostar na sua voz, composição e técnicas de produção e captação de voz. Cinco anos volvidos, o artista regressa agora com este novo EP.
Amargo é um EP carregado de realismo e sentimento, não fosse pela inspiração da sua mãe que era dançarina e pelos acontecimentos que marcaram a sua vida até agora.
Questionado sobre se pretende viver de música, a reposta foi clara: “Para mim, sem música não há vida. Pretendo viver da música, contribuindo para a nossa cultura, mas também levar a música além-fronteiras, através do intercâmbio, continuar a estudar e criar uma rede de oportunidades para a área da música no geral”.
