A Fonte é muito mais do que uma mera plataforma no Instagram. É uma expressão viva e pulsante de vivências e perspetivas negras, um espaço de celebração, resistência e reflexão. Fundada de forma orgânica por Henrique J. Paris, também conhecido como Jadson, junto a Fabrícia Glória, EmanuelCarlos (Kalunga), Nael D’Almeida, Rafaela Neto e Denise Santos. Depois de uma pausa em contexto público, o coletivo está de volta com um novo ciclo de co-produções, curadorias e exposições.
No dia 24 de setembro, em colaboração com Criolense Kitchen Club, a Fonte celebra este novo ciclo com a apresentação da vídeo-performance ‘Corpo Ereto’, co-dirigida e interpretada pela artista Maíra Zenun, e um DJ set de Indi Mateta. A 29 de setembro, a Fonte estará presente no festival MIL, em Lisboa, onde assina a curadoria e moderação da conversa “Mobilização Das Heranças Contra-Coloniais“, com os convidados José de Pina (Sinho), Ilda Vaz e Hugo Barros.
Com uma abordagem autêntica e desprovida de formalidades impostas pelo padrão branco, a Fonte distingue-se pela pesquisa profunda e sensibilidade ao explorar obras de artistas negros, tanto nacionais quanto internacionais.
Em entrevista ao Gerador, com os co-fundadores, o coletivo revela a essência da sua missão. Ao citar Achille Mbembe, do livro Crítica da Razão Negra, sublinham a importância de reconhecer a humanidade intrínseca além de categorizações superficiais. A Fonte é, sobretudo, um movimento, um veículo para desafiar preconceitos e ampliar a representação da cultura negra no espaço Português e não só, redefinindo espaços e transpondo limites.
