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Já saiu “Apenas Eu”, o primeiro EP de Shaddy

Shaddy

O primeiro EP de Shaddy, Apenas Eu, acaba de ser disponibilizado. São cinco faixas, onde em 17 minutos e 7 segundos podemos ouvir apenas a voz de Shaddy, a revelar as suas verdades.

Apenas Eu apresenta uma estrutura coesa e coerente que vai de encontro à verdade de Shaddy, revelando a sua essência, como pessoa e artista, numa espécie de “carta aberta” para as mulheres. “Nas letras digo coisas que antes não tinha coragem para dizer. Falo diretamente para mulheres e não para homens como acabava por fazer antes só para parecer ‘normal’, para mim é uma grande conquista porque fui sincera em cada palavra que escrevi no sentido de não ter alterado nada só para ficar bem aos olhos das pessoas que são contra eu ser lésbica como por exemplo, o meu pai”, disse.

A cantora explicou que o EP começou a ser feito de forma faseada e que apesar de todos os tropeços, sempre teve o suporte da sua “companheira de vida” que de forma direta sempre auxiliou e a motivou a levantar a moral.

“Eu já tinha alguns instrumentais e letras incompletas guardadas, mas como fiquei parada algum tempo e pensei várias vezes em desistir, não tinha planos de agarrar nos projetos, como tenho a sorte de ter uma excelente companheira de vida que sempre puxou bastante por mim acabou por me convencer. Decidimos investir em um mini estúdio para nossa sala, contactei os produtores com quem trabalho e alterei as letras, entretanto, fui para Leeds [Inglaterra] gravar durante 5 dias, onde tirei um dia para cada musica e fechei o projeto”, disse.

Shaddy disse-nos ainda que no seu Apenas Eu todas “as músicas são muitos especiais”, porque todas foram compostas em momentos maus e que duas delas foram gravadas longe do seu conforto caseiro.

“Quando as gravei pela primeira vez, estava em estúdio, longe de casa. Fui para o hotel descansar para regressar a casa e, por volta das 4 da manhã, recebi a notícia da morte da minha avó, que foi a pessoa que me criou. Foi a mãe que tive durante a minha vida toda e voltar a pegar nessas musicas foi meio agridoce, foi uma misturas de sentimentos”, relembrou.

Com o EP, Shaddy quer mostrar mais de si aos seus ouvintes que não é “só uma cantora de kizomba”, mas que traz histórias e experiências “diferentes” do habitual, que espelham a realidade de muitas relações que os jovens acabam por viver.

Para promover o seu primeiro EP, a artista iniciou uma saga de lançamentos semanal que refletem a sua vida pessoal.

Tudo começou com o “Game Over”, uma música que, segundo a artista é especial porque pela primeira vez, expõe ao mundo que é homossexual, trazendo uma mensagem de que as diferenças não devem ser um motivo de incomodo.

“Quis mostrar às  pessoas que independentemente das orientações sexuais de cada um no final do dia somos todos iguais e não nos devemo-nos privar de nada. Porque durante muitos anos fingi gostar de algo que não gostava só para agradar outros mas eu sofria com isso e hoje em dia sinto-me super bem a ser eu mesma e viver da forma que quero sem medos”, explanou.

“Acaba por ser muita informação de uma só vez. Foi um projeto feito com tanto carinho que quero mesmo que o explorem e apreciem com calma”, exprimiu Shaddy.

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