Será sempre pela complexidade de cada personalidade, pelos diferentes core businesses, pelas geografias e pelas lideranças.
No entanto, e embora não haja nenhuma fórmula secreta, há dinâmicas que evitam que esta gestão se torne numa enxaqueca. Podia começar por falar de algo que acabo de inventar e apelidar de ‘maturidade laboral’. Um estado sem data de nascimento mas que contempla vários estados: desde a puberdade até à terceira idade.
Esta espécie de ‘maturidade laboral’ concretiza-se naqueles momentos em que: não gostamos do argumento do colega sobre o último episódio de Narcos mas mesmo assim chegamos a horas às reuniões; quando temos uma discussão no último ponto de situação com outro colega e mesmo assim apresentamos a nossa parte a tempo e horas; em que mesmo que o Director Geral da empresa não cumprimente o porteiro, não quer dizer que também o façamos.
Gerir esta ‘maturidade laboral’ é um problema porque nem sempre o profissionalismo e o bom senso andam de mãos dadas.
Eliana Silva
Às vezes, quando o caminho é o alívio da tal dor de cabeça, há a gestão do ego profissional que eleva este desconforto a uma enxaqueca. Gerir um ego no ambiente de trabalho é mais complicado do que organizar fórmulas de Excel (para mim que sou um nabo no Excel). Um profissional mal resolvido ofusca toda a sua competência. O know-how e a técnica em destaque tornam-se completamente secundárias quando não conseguimos gerir a nossa forma de estar no seio de uma equipa.
Por muito que hoje em dia concebamos modelos de trabalho mais híbridos continuamos a acreditar que a responsabilidade e a meritocracia são as melhores formas para que cada pessoa perceba que o lugar tem e que poderá tem no meio de uma empresa.
