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“Se gastarmos o dinheiro africano dentro do continente, África não precisará pedir respeito”, Nana Akufo-Addo

Nana Akuffo Addo, presidente do Gana | DR
Nana Akuffo Addo, presidente do Gana | DR

O presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, pediu aos países africanos que parem de “implorar” ao Ocidente para ganhar respeito global e mudar as percepções pejorativas sobre o continente.

“Se deixarmos de ser mendigos e gastarmos o dinheiro africano dentro do continente, África não precisará pedir respeito a ninguém, teremos o respeito que merecemos. Se a tornarmos próspera como deve ser, o respeito virá”, disse Akufo-Addo durante a abertura da Conferência dos Líderes EUA-África em Washington DC, na última semana.

Akufo-Addo pediu maior solidariedade entre os africanos para atender às aspirações partilhadas, no dia em que o Fundo Monetário Internacional concordou em conceder ao Gana um empréstimo de 3 mil milhões para aliviar uma crise económica sem precedentes naquele país.

Já sobrecarregado com dívidas elevadas, o Gana enfrenta uma inflação histórica de mais de 40% e um colapso no valor da sua moeda – o cedi – dificuldades económicas exacerbadas desde a invasão russa da Ucrânia.

Quase 50 líderes e delegados africanos estiveram em Washington DC, de 13 a 15 de dezembro, para uma importante conferência organizada pelo presidente norte-americano Joe Biden.

Os Estados Unidos estão cada vez mais tentados nas oportunidades que África pode oferecer a nível de negócios e não só, sobretudo depois de o continente ter estreitado laços com a China e Rússia.

Para o líder dos EUA, “África moldará o futuro – não apenas o futuro do povo africano, mas do mundo”. Enraizado neste reconhecimento de que África é um ator geopolítico chave, o Presidente Biden convidou líderes de todo o continente africano para aprofundar a relação do país com os chefes de Estado, bem como com a sociedade civil, empresas, diáspora, mulheres e líderes jovens.

O primeiro dia da conferência começou com foco no papel vital da sociedade civil e na força das comunidades da diáspora africana nos Estados Unidos, com sessões sobre temas que como comércio e investimento; saúde e alterações climáticas; paz, segurança e governança e cooperação espacial.

O segundo dia concentrou-se no aumento do comércio bilateral e do investimento no Fórum Empresarial EUA-África. CEOs e líderes do setor privado de mais de 300 empresas americanas e africanas reuniram-se com os chefes de delegação para catalisar investimentos em setores críticos, incluindo saúde, infraestrutura, energia, agronegócio e digital.

O presidente Biden recebeu ainda um pequeno grupo de líderes na Casa Branca para uma discussão sobre as próximas eleições presidenciais em 2023 e o “apoio dos EUA a eleições livres, justas e confiáveis em África”.

O terceiro e último dia foi dedicado a discussões de alto nível entre os líderes, com Biden abrindo, o dia com uma sessão sobre parceria na Agenda 2063 – a visão estratégica da União Africana para o continente. Em seguida, o vice-presidente Harris presidiu um almoço de trabalho. O terceiro dia foi encerrado com uma discussão sobre segurança alimentar e resiliência dos sistemas alimentares, uma questão crítica para os parceiros africanos que foram afetados desproporcionalmente pelo aumento dos preços de alimentos e fertilizantes e interrupções nas cadeias de abastecimento globais como resultado da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

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