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Nany, o novo problema do rap moçambicano

Nany O Problema | DR
Nany O Problema | DR

Nany O Problema é o cognome de uma jovem rapper moçambicana que tem estado a chamar a atenção do movimento hip hop feito na Pérola do Índico. Bastante ativa nas redes sociais, é sobretudo no Twitter onde vai interagindo com os seguidores do seu trabalho e obtendo feedback.

Há cerca de três meses partilhou um freestyle, onde temos uma pequena amostra do seu potencial lírico e do seu flow próprio, com uma vibe old school e um tempero fresh da nova geração.

Com apenas 22 anos, Nany caracteriza-se como uma jovem tímida – o que pode parecer contraditório quando vemos o seu à vontade à frente das câmeras ou de microfone na mão – que gosta de desafios e que leva a palavra persistência como chave mestra da sua ascensão profissional.

Formada recentemente em Psicologia Clínica, a paixão pelo movimento hip hop existe desde que começou a ouvir música e a ter consciência plena dos seus gostos. O facto de ter conhecido Dama do Bling, nome maior da cultura musical urbana moçambicana, ajudou a criar em Nany uma necessidade de se lançar e Frank Macamo, CEO da label Excelências Music Ent, deu o empurrão que a artista precisava.

As suas principais referências dentro do movimento são a “rainha da sucata” moçambicana, Nicki Minaj, Lady Leshurr, Eva Rap Diva e Joyner Lucas.

Com cinco temas já lançados, Nany O Problema revelou em setembro o seu novo single “Meu Espelho”. A música fecha o EP Majestade, a ser lançado ainda este ano. A rapper garante que já está tudo pronto, faltando apenas traçar a estratégia de lançamento.

“Meu Espelho”, que continua a “rodar” Moçambique, Angola e não só, é uma homenagem à sua mãe, Adélia Gove, numa clara demonstração de amor e admiração.

Falámos com a rapper para conhecer melhor o seu percurso e perceber o que tem definido a curto prazo.

Queres apresentar-nos este tema “Meu espelho”?

O que posso dizer é que essa música é muito especial para mim, uma vez que lancei no dia do aniversário da minha mãe, quando ela completou 50 anos, dia 7 de novembro. A música foi escrita por mim, produzida por Notas de Rata, masterizada por Daniel Guillande e a produção executiva feita por Frank Macamo.

O que ou quem te inspirou a fazer rap?

Rainha da Sucata, Dama do Bling e Nicki Minaj sempre foram as grandes mulheres do rap que mais me motivaram.

Como foi a aceitação dos outros artistas fazedores do mesmo estilo, especialmente as mulheres?

A aceitação foi incrível recebi apoio de outras rappers

Como está o movimento em Moçambique?

Em Moçambique o Hip Hop ainda não é muito valorizado, principalmente quando nós mulheres o fazemos. Há sempre um preconceito. A nível nacional, em geral, a aceitação ainda não é das melhores, partindo do pressuposto que esse estilo musical é visto como marginal. Mas aos poucos essa percepção vai mudando, felizmente. E ainda não há muitas rappers femininas no mercado moçambicano, não por falta de talento porém de oportunidade.

Há alguma mensagem que se destaque na tua arte?

Sou uma rapper polivalente. Faço rap street mas também procuro fazer rap consciente e um exemplo são as músicas “Casamento”, “Meu Espelho”, “Meu Pecado”, “Tira o Pé do Chão”, “Nossa Song”). Procuro abordar assuntos relacionados ao que se tem visto e vivido na sociedade.

Onde queres chegar?

Já tenho algum reconhecimento em Moçambique, Angola, mas quero que esse reconhecimento seja também em Cabo Verde, Guiné Bissau, Portugal e até EUA.

Com quem gostarias de vir a trabalhar?

Gostaria de colaborar com Dama do Bling, Dygo Boy, Hernâni da Silva e Lay Lizzy.

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