O sucesso internacional de Pongo só tem aumentado e os maiores meios de comunicação internacionais têm a sua carreira debaixo de olho.
Depois de ser uma das vencedoras dos prémios Music Moves Europe, da Comissão Europeia, que distinguem artistas emergentes que representam “o som europeu de hoje e de amanhã”, Pongo mereceu um artigo no New York Times e no The Guardian.
Para quem não sabe, o New York Times é um dos jornais mais antigos da América, que já bateu o recorde de 117 prémios Pulitzer, mais do que qualquer outro jornal.
Nas palavras da jornalista Kate Hutchinson, Pongo está a revolucionar o kuduro, para quem já o conhece, enquanto também o introduz aos que nunca tinham ouvido este estilo de música.
Pongo é até comparada com Rosalía, a cantora espanhola que atraiu a atenção do mundo para a música urbana espanhola que tem na sua génése os estilos tradicionais, como os seus ritmos inspirados pelo flamenco.
O caso de Pongo é semelhante, no sentido em que a cantora faz questão de misturar a língua portuguesa, com o kimbudo, língua falada em Angola.
A publicação caracteriza o Kuduro como um choque de géneros energéticos e trans-atlânticos mas admitem que Pongo ainda consegue dar um kick extra, misturando todos os ritmos do kuduro com outros estilos electrónicos com um saborzinho de pop.
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— PONGO (@pongoklassic) February 7, 2020
But I still got a surprise for you guys, so stay tuned 😉 pic.twitter.com/1RUn1VKZX8
Já no The Guardian, um dos jornais mais antigos de Inglaterra, Pongo é vista como uma guerreira e o foco está na sua vida antes da fama.
Enquanto a New York Times toca em assuntos mais superficiais, o The Guardian fala sobre a guerra que aconteceu em Angola e como isso afetou o rumo da vida de Pongo.
Num desabafo, a música representa “um lugar onde eu posso ser feliz com as minhas memórias de Angola”, disse a artista.
Ao jornal, Pongo afirmou ainda que em Portugal sofreu racismo por diversas vezes e que, numa dessas ocasiões, foi agredida por um polícia depois da mesma ter pedido ajuda contra a violência doméstica que sofria em casa.
Dois artigos, dois países e duas perspectivas diferentes, mas se há uma coisa que estes textos têm em comum, é o facto de ambos retratarem Pongo como o futuro do Kuduro pelo mundo.