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Coliseu lotado para celebrar 30 anos de Tabanka Djaz

Tabanka Djaz
Foto: © NOBALUR | K Von D Studios

Em comemoração aos seus 30 anos de carreira, os Tabanka Djaz reuniram, nesta sexta-feira, 18 de novembro, cerca de três mil pessoas no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para um espetáculo memorável.

A poucos minutos do início do espetáculo, a fila no exterior do Coliseu compunha-se de expetativa, emoção, ansiedade e trajes a rigor para que dúvida alguma houvesse sobre a presença em massa da Guineendade naquele emblemático espaço de cultura português.

Assim que as portas abriram, todos correram à procura dos melhores lugares para desfrutarem do show e adquirirem os cachecóis produzidos em homenagem aos 30 anos da banda.

“Brincadera d’nos” e “Silêncio”, dois dos maiores sucessos musicais do grupo deram assim o arranque do espetáculo.

Seguiu-se “Djumbai di povo”, que contou com a animação dos “Netos de bandim” que, com os seus bailarinos, obrigaram a que todos se levantassem e se desafiassem a uns passos de dança.

Além dos presentes poderem assistir à atuação de uma das bandas mais célebres e acarinhadas do universo PALOP, os presentes puderam ainda ver e dançar sob as vozes de reconhecidas estrelas de Portugal, Angola e Cabo Verde.

Foi o caso de Kyaku Kyadaff, cantor angolano que tem uma participação no novo EP dos Tabanka Djaz. Juntos deram vida ao tema “Mendigo”. Kyadaff não podia deixar de corresponder ao carinho do público e cantou o seu famoso tema “Entre sete e Sete Rosas”.

Seguiu-se a artista portuguesa Carolina Deslandes, que não escondeu do público o privilégio e o nervosismo que estava a sentir ao partilhar palco com uma banda que tanto admira. Carolina entrou em cena com a sua música “Não me importo” e com a banda interpretou “Foi assim”, que é um dos temas mais marcantes do grupo.

Por sua vez, Djodje surpreendeu a sala ao fazer-se ouvir ainda por trás das cortinas, juntando-se ao grupo na interpretação da música “Sub17”. Seguiu com uma música “Bela”, da sua autoria, onde o cantor relembra que a Guiné Bissau também corre nas suas veias.

De forma brilhante, e à vez, sobem ao palco os quatro membros de outros filhos da Guiné Bissau, os jovens Memu sunhu. “N’foronta” juntou a nova e a velha guarda, lado a lado. Este tema é uma oração para o “fidjo matcho” (filho macho, em português) que sai de casa para conquistar a vida. Mikas Cabral fez uma pausa durante esta atuação para dizer que os Memu Sunho relembram-lhe o início dos Tabanka e que, 30 anos depois, orgulha-se em dizer que a bandeira da Guiné continuará bem entregue.

Após este momento de passagem de testemunho, os Memu Sunhu deixaram a sua marca com “Kontam”, que ecoou pelo Coliseu.

Nelson Freitas foi a última das surpresas. De recordar que, em 2021, o artista já tinha desafiado os Tanbanka Djaz a fazerem parte do seu álbum, Dpos D’Quarentena. Juntos criaram “Polimé”, um dos singles do projeto. Nelson aproveitou o momento para elogiar todas as mulheres no Coliseu à boleia da música “Miúda linda”. Com o apoio dos telemóveis de todos, um mar de pontos de luz tomou conta da plateia em jeito de agradecimento.

Os Tabanka Djaz fecharam o espetáculo com um discurso de agradecimento, a todos os que fizeram parte do seu percurso ao longo destes 30 anos, com uma importante mensagem de união, para toda a comunidade PALOP, incluído os que estão na diáspora. O grupo referiu ainda que não tinham capital para financiar um espetáculo que honrasse todo o percurso que fizeram, que começou nos bares em Bissau e chegou às casas de todos os PALOP e diáspora, mas que, graças aos grandes amigos e ao grande público, foi possível realizar este sonho. “Nem parece real. Até hoje de manhã acreditei que ainda fôssemos conseguir mas, de repente, vinha a dúvida”, disse o vocalista Mikas Cabral sobre o receio da bilheteira vender abaixo do esperado.

Parece que a expetativa do conjunto estava bem abaixo da real importância que estes têm pela lusofonia fora, com uma legião de fãs que canta os sucessos de há 30 anos da mesma forma que canta os mais recentes. Com plateia lotada, os Tabanka Djaz podem agora continuar a sua estrada com a certeza de que têm o carinho do seu público.

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