Na Nigéria, a Barbie já não está no topo do ranking das bonecas mais vendidas. As “Rainhas de África” têm agora o seu devido trono, depois de há sete anos terem chegado ao mercado do país.
A Nigéria é o país com o maior número de crianças negras do mundo. Frustrado por não conseguir encontrar no mercado uma boneca preta para a sua sobrinha, Taofick Okoya decidiu pôr mãos à obra. “Eu sou o tipo de pessoa que não gosta de reclamar e criticar sem fazer nada”, disse o empresário de 43 anos à revista ELLE. Assim, decidiu que devia fazer uma boneca com a qual as meninas nigerianas pudessem se identificar: uma com a cor da pele e a moda tradicional africana.
Sete anos depois, Okoya vende entre seis mil e nove mil “Rainhas de África” e “Princesas Naija” por mês e calcula que possui entre 10 a 15% de um mercado pequeno, mas em rápido crescimento.
“Tornou-se um projeto de vanguarda para mim pela resistência que as bonecas receberam por causa da cor e dos figurinos da maioria das crianças e distribuidores”, explica à mesma publicação. “Passei cerca de dois anos a fazer campanha sobre a importância e os benefícios das bonecas à semelhança das africanas. Durante esse processo, percebi questões sociais maiores, como a baixa autoestima, que levou à paixão de fazer uma mudança na próxima geração. Uma jornada difícil, mas da qual gostei.”
Disponíveis online através do site da marca, Okoya regista que as bonecas são encomendadas a partir de vários cantos do globo. Depois da Nigéria, a maior demanda vem da América do Norte, Brasil, Europa, Costa do Marfim e África do Sul. Contudo, quer dinamizar a marca “até que alcance todas as crianças de origem africana em todo o mundo e seja um símbolo de orgulho por fazê-las apreciar quem são como africanas”.
Nas redes sociais, são vários os comentários que relevam a importância do projeto. As Queens of Africa podem ser adquiridas através do site da marca aqui.
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