O drill é um estilo que não cria consenso. Considerado apologista da violência e da vida marginal de quem o professa, como aliás sempre foi o rap, o sub-género do hip hop está em voga e não parece querer sair de cena. Em Portugal, há um grupo que é um dos principais responsáveis pela sua propagação, o 283 Gang. Nele, encontramos MAD, um jovem que nunca dá a cara, visto que a sua imagem de marca é uma balaclava.
No dia 16, o driller, lançou o seu último single, “Pokémon”, que prima pela diferença dentro daquilo que, por norma, são as letras do seu currículo musical, onde proliferam as alusões ao “beef, money and drugs“.
Em Pokémon, MAD fala de race profiling e abuso de poder policial [Cops sta gira na street ta procura nhas Gs sima Pokémon] e em como está na luta à procura de um futuro seguro nos estudos [Sta na corrida na school e na street pra muda rotina].
Recentemente, para falar sobre o assassinato de um jovem de 16 anos, na Amadora, um programa do canal TVI passou uma reportagem cujo som de fundo era uma das músicas de MAD. Não é de hoje que se fantasia sobre o hip hop ser um vector de violência entre os jovens e a situação deixou-o desconfortável, como revela na nossa entrevista em vídeo.
Durante a conversa, MAD fala também sobre como DJ Dadda, o produtor de Pókemon, tem dado apoio à sua música, a sua perspetiva sobre a necessidade de fazer mais do que apenas drill, entre outros detalhes sobre o seu próximo EP, que vai ser lançado muito em breve.
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