Tendo como cenário o Parque Urbano José Afonso em Miratejo, (Portugal) as pessoas responderam ao repto lançado pela Câmara Municipal do Seixal para ouvir uma das mais belas vozes da atualidade da Morna e da Coladeira. Passavam 30 minutos das 20 horas quando Cremilda subiu ao palco. A luz natural de um final de tarde fresco iluminava a plateia que ansiava por ouvir a voz doce que vinha de Cabo Verde.
Numa noite de regresso aos palcos, a cantora foi acompanhada pela banda que já a segue há algum tempo pela Europa, com Nando Andrade no piano, Danielson Fonseca na guitarra, Zé Paris no baixo, Zé António no cavaquinho e Cau Paris na bateria.
A viagem pelas sonoridades de Cabo Verde começou com um “Raio de Sol”, que era aguardada com muita expectativa. Cremilda percorreu o seu “Folclore”, cantou e fez cantar, dançou e fez dançar e conquistou o público do Seixal desde a primeiro tema.
Viajou pelo “Temp Antigue” numa “Doce Guerra” e mostrou que não tem “Falta di Força” num espetáculo de “Um Sonho Cordode”, onde partilhou o “Sonho dum Criola” que “Amá Sem Mêde”. Os ritmos quentes das coladeiras aqueceram tanto o ambiente como o público presente no parque, e a melancolia e o sentimento profundo das mornas fizeram o público embarcar numa viagem marcante que parecia não ter fim.
Cremilda despediu-se do Seixal com um “Mar Azul” a recordar outros tempos e latitudes, um tema que ainda hoje continua a levar o nome de Cabo Verde ao mundo. O público pedia mais e Cremilda respondeu sempre com um sorriso contagiante e uma energia singular, de quem estava ali para cantar as histórias e raízes de um povo.
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