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Cabo Verde na Web Summit, o GoGlobal da Inovação Africana no Brasil

Web Summit

A Web Summit é um evento europeu, que reúne anualmente startups, empreendedores, investidores e líderes de empresas de tecnologia mundiais, e, desta vez, o ponto de encontro foi no Rio de Janeiro (Brasil).

Através de uma iniciativa revolucionária que pretende expandir o nome de Cabo Verde no campo de inovação e desenvolvimento tecnológico, a nível mundial, o programa “GoGlobal”, operacionalizado pela Cabo Verde Digital, levou quatro startups para a segunda edição da Web Summit no Brasil. Sendo o Brasil o seu primeiro ponto de contacto com a América Latina, o arquipélago selecionou meticulosamente startups que não só representam o talento e grau de inovação africana mas que também demonstram o impacto positivo do empreendedorismo digital no crescimento social e financeiro de Cabo Verde.

Apelidado de “ilhas tecnológicas da Africa do Oeste, Cabo Verde tem vindo a demonstrar a sua capacidade e habilidade para poder dominar o campo da inovação. “É um prazer para nós podermos estar aqui na Web Summit porque, enquanto Cabo-Verdianos, queremos posicionar o país como um centro de inovação na costa ocidental africana e um ponto de encontro no Atlântico de tecnologia”, disse Pedro Lopes, Secretário de Estado e Economia Digital, ao falar com a BANTUMEN. Ao querer cada vez mais conectar o seu país com o ecossistema brasileiro, Lopes conta-nos que o governo pretende mostrar ao resto do mundo, particularmente ao Brasil, que podem chegar ao mercado africano através de Cabo Verde e dizer-lhes também que existe talento, e dos melhores, pronto para ser recrutado.

Acompanhado por fundadores como Marcos Sousa (AfricanDEV), Saulo Montrond (RiftOne), Amílcar Junior (Health360) e Sebastian Kruse (FitCV), Pedro afirma que a presença de Cabo Verde no Web Summit Rio é também um lembrete para outros governos, sobre a responsabilidade em permitir e criar condições para que a nova geração possa concretizar as suas ideias através da inovação, considerando o seu poder social e transformativo. “A fim e ao cabo, o futuro deste mundo decide-se nestes palcos e nós não queremos que os Cabo-Verdianos sejam apenas espectadores mas sim, atores deste mundo em mudança”, enfatisa.

Em relação ao papel do “GoGlobal” e o posicionamento do arquipélago, estando este ano em grandes palcos de tecnologia do mundo, o Secretário de Estado garante que o seu país “não só estará presente no Rio mas também em espaços como Portugal, Marrocos, nos Emirados Árabes e muitos mais, porque o ‘GoGlobal’ abriu-nos muitas portas e queremos estabelecer que, mesmo sendo um país pequeno, somos relevantes e grandes na área da tecnologia”. Ademais, devido a esta participação na Web Summit Rio, todos os passos e estratégias planeadas pelo secretário de Estado para fortalecer o seu ecossistema tecnológico levam o pais até a um patamar de grande escala.

BANTUMEN teve a oportunidade de falar com os ‘arquitetos’ das startups selecionadas e desvendar a maré de ideas que emerge enquanto se encontram na Web Summit e também quais os próximos passos de cada um. Ao concentrarem os seus esforços em sectores como educação, saúde e sustentabilidade, estas plataformas expandem o alcance do ‘GoGlobal’, que idealiza um ecossistema sustentável além das fronteiras Cabo-Verdianas e definem mais uma vez o potencial existente em solo africano. As diferentes entrevistas estão disponíveis nas redes sociais da BANTUMEN assim como no nosso canal de YouTube.

Num resumo genérico, a AfricanDEV, fundada por Marcos Sousa, visa erradicar a escassez laboral no mundo tecnológico, através de uma conexão entre desenvolvedores africanos e empresas de todo o mundo. A RiftOne, de Saulo Montrond, é uma plataforma que oferece um método inovador de educação e um dispositivo inteligente, completo com um ecossistema que recompensa criadores de conteúdo e os seus fãs com tokens. Quanto a Amílcar Júnior, levou até à Web Summit a Health360, desenhada para facilitar o acesso de usuários ao sistema de saúde, independentemente do nível de complexidade da sua necessidade. A quarta startup com sangue Cabo-Verdiano presente no evento foi a FitCV, liderada por Sebastian Kruse. O projecto tem como propósito promover a relação entre equilíbrio físico e mental e a ambiciosa meta de zerar a taxa de suicídio em Cabo Verde, num futuro próximo.

Com muita confiança e inspiração, Pedro assegura-nos que este ano é crucial para Cabo Verde e que há várias oportunidades a bater-lhes à porta. E mesmo valorizando tudo de maravilhoso que o país tem para oferecer, o governante clarifica que há muito mais para além do superficial. “Queremos que as pessoas quando pensem em Cabo Verde pensem em turismo, música, praias bonitas mas que também pensem no digital. E a ‘GoGlobal’ é um bom caminho para começarmos com iniciativas muito pequeninas e podermos ver, passo a passo, o alcance a nível global. De certa maneira, estamos a reforçar cada vez mais o papel de Cabo Verde no palco da inovação”, confirma. “Este é um ano de materialização da nossa narrativa e, assim sendo, queremos trazer mais negócios para Cabo Verde, fazer regressar a nossa diáspora, continuar a promover o nosso país como um país de inovação e concretizar todos os nossos objectivos.”

Num mundo em que a globalização transforma as interações sociais, tornando todos os mercados extremamente competitivos, e em que o consumidor é quem decide o sucesso de qualquer negócio, Cabo Verde quer facilitar a caminhada para as suas startups acompanhado-as ao longo do processo e fomentado as estruturas que podem pontenciar a sua maturação a nível local e global.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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