Arrancou nesta quarta-feira (27), a 7ª edição do festival MIL, em Lisboa, dedicada à promoção e internacionalização da música popular de língua portuguesa. A acontecer até esta-sexta-feira, a conferência tem lugar no Hub Criativo do Beato e os concertos em várias salas do Cais do Sodré. Na conferência, destacamos a participação da BANTUMEN, numa mesa redonda que colocou o futuro do jornalismo cultural como ordem do dia.

De acordo com a organização, o MIL dedica-se “à descoberta, promoção, valorização e internacionalização da música popular atual e a uma reflexão sobre políticas e práticas culturais”, e acrescenta ainda que “assume os formatos de festival de música, convenção, academia, residência artística, circulação e capacitação internacional e revista, antecipando tendências e provocando o debate sobre questões que determinam o futuro dos setores da música e da cultura”.

O programa do festival está dividido em quatro temáticas -Indústria da Música, Políticas Culturais, Economia Noturna e Acessibilidade, Sustentabilidade e Ética – conta com a participação da fadista portuguesa Carminho, do compositor dominicano Kelman Duran, do DJ e produtor português Marfox, da cantora brasileira Bia Ferreira e do músico espanhol Niño de Elche, aos quais se juntam os representantes de vários festivais, salas de espetáculos, editoras, produtoras, agências e instituições de vários cantos do mundo.

Para além da música, o MIL dá um destaque ao setor da cultura, onde a BANTUMEN fez parte de uma mesa redonda, moderada pela nossa jornalista Marisa Rodrigues, com a participação de diferentes jornalistas do cenário português da comunicação social. O tema escolhido para o debate foi “Que Futuro Para O Jornalismo E Crítica Cultural?” 

Ali, questionou-se o atual mercado da comunicação e do consumo de cultura um recurso ou uma ameaça para o futuro do jornalismo e da crítica musical? Num mundo digital em que inúmeras fontes de informação competem constantemente pela nossa atenção, esta mesa-redonda junta jornalistas e críticos para refletirem sobre futuros possíveis da profissão, tendo em conta aspetos como a representação e a diversidade de artistas, o papel da curadoria de conteúdos, o apagamento do espaço e dos meios de crítica cultural e a criação de espaços alternativos para o jornalismo cultural.

De acordo com a organização do MIL, são mais de cinco centenas os profissionais que vão passar pelo Hub Criativo no Beato, que nestes três dias tornou-se num ponto de encontro da indústria da música e do setor cultural. Os concertos dividem-se entre o Musicbox, o Roterdão, o Estúdio Time Out, o Lounge, o LISA, o Titanic Sur Mer e o B.Leza.