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Exposição em Lisboa marca 50 anos da morte de Amílcar Cabral

Amílcar Cabral

A comissão portuguesa comemorativa dos 50 anos da revolução de 25 de Abril vai assinalar os 50 anos da morte de Amílcar Cabral, fundador histórico do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), com uma exposição patente no Palácio Baldaya, em Benfica, entre 17 de março e 25 de junho de 2023. Em 2024, evocando os 100 anos do nascimento de Cabral, será exibida em Cabo Verde.

“As lutas de libertação desenvolvidas em África contra o então Império Português foram determinantes para a queda da ditadura do Estado Novo. Amílcar Cabral é uma figura essencial nesse contexto, pelo papel de liderança que desempenhou então, mas também pelo seu legado, que perdura até aos dias de hoje, e que vem conquistando uma dimensão internacional muito significativa”, afirma Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva.

50 anos, 50 peças

“A exposição desenvolve-se ao longo de uma sequência de 50 peças, que pretendem dar a conhecer a vida de Amílcar Cabral e as relações que fizeram das lutas contra o colonialismo uma experiência comum a inúmeras pessoas e instituições que se corresponderam e solidarizaram com ele e com o anticolonialismo africano, de Cuba à Europa de Leste, passando pela Escandinávia”, explica José Neves, comissário científico da iniciativa, em conjunto com Leonor Pires Martins.

As 50 peças selecionadas incluem documentos escritos e visuais, assim como objetos artísticos e outros que trabalham com diferentes vestígios da vida de Cabral ou a ela associados.

“Será possível ver, por exemplo, correspondência trocada entre Amílcar Cabral e jornalistas franceses e britânicos; documentação relativa aos apoios internacionais recebidos da União Soviética, Suécia e Cuba; imagens em vídeo, pouco conhecidas, da participação de Cabral na Conferência Tricontinental, em Havana, em 1966, e das zonas libertadas da Guiné; retratos feitos por artistas plásticos nacionais e internacionais; e ouvir a presença deste independentista e das lutas anticoloniais na música – desde a world music até ao rap”, acrescenta o historiador.

A partir da exposição, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai promover iniciativas diversificadas – mesas redondas, concertos, visitas guiadas, um ciclo de cinema, uma feira do livro, etc. –, incidindo sobre temas como colonialismo, luta anticolonial e descolonização.

Em 2024, evocando os 100 anos do nascimento de Amílcar Cabral, esta exposição estará patente em Cabo Verde.

A iniciativa tem curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins; consultoria de Alfredo Caldeira; Arquitetura de Ricardo Santos e Miguel Fevereiro; e Grafismo de Vera Tavares. Conta, enquanto parceiros, com a Junta de Freguesia de Benfica, a Fundação Amílcar Cabral, o Laboratório Associado IN2PAST, a Associação TCHIWEKA de Documentação, e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso.

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