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Coletivo Netos de Bandim celebra 23 anos ao serviço da sociedade guineense

Criado há 23 anos, o coletivo cultural netos de Bandim tem como missão ajudar crianças que vivem em situação de risco, oferecendo-lhes um espaço onde possam aprender boas práticas de cidadania, junto com música, dança, teatro, poesia. O propósito é criar oportunidade para que estas crianças possam terminar os estudos e, consequentemente, ter um futuro melhor.

À imagem do país, o grupo Netos de Bandim é composto por várias etnias, como balanta, mancanha, pepel, fula, bijagó, mandinga, felupe e manjaca.

Desde a sua fundação, a 12 de Novembro de ano 2000, incentivado pela ONG AMIC, o Netos de Bandim já viu passar pela sua escola cultural mais de 1500 crianças e juvenis. Coordenado por Ector Diógenes Cassamá, vulgo Negado, o grupo tradicional trabalha na área da criação artística com propósitos culturais e educativos, tendo fundamentalmente como epígrafe a pesquisa da cultura popular, dos direitos humanos e temas socioambientais.

Em comemoração ao 23.º aniversário do agrupamento sob o lema “Guiné-Bissau no mesmo palco”, Ector Diógenes contou-nos que um dos maiores sonhos do grupo é ver no currículo escolar do país o estudo da cultura guineense. “Queremos ver as nossas crianças a estudarem a cultura do país para compreenderem melhor a sua importância porque só assim poderão ajudar no resgate, preservação e valorização daquilo que é nosso. Também sonhamos ver um dia na Guiné-Bissau um palácio da cultura, isto será a nossa grande vitoria”, diz-nos o coordenador.

“Outra coisa que almejamos é a internalização e reconhecimento da nossa arte cénica, as nossas danças, ritmos e músicas. Sonhamos ver quando toca a música guineense em qualquer parte do mundo que as pessoas reconhecem que aquele ritmo ou estilo musical é da Guiné-Bissau”, explica Ector. “Isto deve ser prioridade para a cultura do país, por isso os Netos de Bandim procuram sempre deixar a marca e um pouco do ritmo guineense por onde passa para fazer conhecer o nosso gumbé, tina, kunderé e mais ritmos”, sublinha.

Além da diplomacia cultural e promoção da imagem positiva da Guiné-Bissau nos espetáculos do grupo, em que os ritmos são produzidos por instrumentos que vão desde de balafon, cabaça, sicó, passando por apitos, kora ou chifre, misturam-se coreografias de danças tradicionais das várias etnias do país. O mesmo sucede com as músicas, com os trajes e as máscaras.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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